Floriano é destaque no Jornal Nacional em telemedicina e já mostra resultados

25/07/2017 14h04


Fonte G1.com

Imagem: FlorianoNewsHospital Regional Tibério Nunes(Imagem:FlorianoNews)

O Hospital Regional Tibério Nunes, na cidade de Floriano, atende pelo SUS, e está conectado ao Albert Einstein, um dos mais conceituados de São Paulo, a uma distância de 2.500 quilômetros.

É a doutora Carolina, em São Paulo, quem faz a ronda dos pacientes todos os dias de manhã. Ela vê exames e discute a situação de cada paciente com os colegas do Piauí.

“É difícil aí para a cidade, é difícil para o hospital levar médicos para o interior do Piauí?”

“A gente tem dificuldade principalmente na questão dos profissionais da terapia intensiva da UTI, são profissionais, digamos assim, difíceis para a nossa região”
, explica Justino Moreira, diretor-clínico do Hospital Tibério Nunes.

A parceria, que começou há três meses, já deu resultado. O número de mortes no hospital de Floriano caiu pela metade, de 23 para 11 por mês.

Além da doutora Carolina, que supervisiona uma UTI, outros médicos estão fazendo atendimento remoto no hospital. Um neurologista está na sala em frente à de um cardiologista. Desta forma, eles conseguem atender 40 hospitais espalhados pelo Brasil, e cuidar de pacientes até no meio do oceano, em plataformas de petróleo. Só em 2017 foram oito mil atendimentos sem que esses médicos precisassem sair de São Paulo.

“Com a tele medicina a gente pode se teletransportar de certa forma, e está lá diariamente do lado da equipe que está lá, cuidando”,
diz Carolina Keiko Honda, médica intensivista do Hospital Albert Einstein.

Chao Lung Wen, professor de medicina da Universidade de São Paulo, diz que a telemedicina está só no começo. Já existem equipamentos como o ultrassom portátil, que mostra o exame num tablet, e impressoras 3D, que reproduzem com perfeição o corpo humano. No futuro, para muitos exames, o paciente nem vai precisar sair de casa.

“Uma série de cuidados, tipo de idosos, pessoas com deficiência, pessoas com doenças crônicas, passariam a poder ser gerenciadas em domicílio. São duas grandes áreas, e eu suponho que vai ter um grande crescimento, e nós vamos ter que formar cada vez melhor os futuros médicos para saberem lidar com isso”,
explica Wen, professor de telemedicina da USP.