Capela de túmulo é alvo de vandalismo no litoral

17/11/2018 07h40


Fonte CidadeVerde.com

"É um desrespeito com os mortos". Esse é o desabafo de um filho ao ver a capela em que seu pai está enterrado no Cemitério São Sebastião, na Rua Tabajara, em Parnaíba, com telhado, santos e jarros quebrados.

O aposentado Eduardo da Cunha diz que a situação está sendo recorrente e vê a situação com tristeza. "Quebraram São Francisco, o santo que meu pai gostava. É triste isso, eu arrumei tudo, pintei, troquei as telhas, tinha uns jarrinhos de flores, tava tudo novinho, bonito. Vou dá um jeitinho de arrumar, mas nem tenho mais dinheiro. Agora é colocar só a vela porque não sei se vão tomar providências", comentou.

Eduardo relata que a capela em que seu cunhado está enterrado, no mesmo cemitério, também foi arrombada. Os dois casos ocorreram nesta semana. Ele registrou um boletim de ocorrência na quinta-feira (15).

O Cidadeverde.com entrou em contato com o superintendente de articulação com as Forças de Segurança em Parnaíba, tenente Madislan Sousa.

O superintendente informou que em Parnaíba existe uma ronda patrimonial que faz patrulhas diárias nos prédios públicos, incluindo os cemitérios municipais. Ele relata que dependentes químicos fazem furtos nos cemitérios e em outros locais, uma maneira de sustentar o vício. O nome de um suspeito foi repassado a polícia.

"Nós temos tentando coibir essas práticas. Eles entram pulando os muros e portões. É uma questão que vai além da segurança pública, e extrapola, inclusive, a competência municipal. As ronda são feitas durante o dia e a noite nos cemitérios"
, disse o tenente.

O cemitério São Sebastião só possui vigilante durante o dia, e as ocorrências de arrombamento e furto ocorrem, principalmente, durante a noite. Sobre isso, o tenente argumentou que "nesse cemitério tem vigilância; ocorre que, assim como em qualquer setor, sempre acontece alguma ocorrência que foge a normalidade, e essa foi uma", afirmou.

A esposa de Eduardo lamentou a situação e ajuda o marido a, pelo menos, arrumar o telhado para que a água da chuva não entre no local.

"Ele até já chorou por isso. Pegou o 13º pra arrumar a capelinha pro pai dele. Isso é coisa de vândalo. Eu coloquei uns jarrinhos, florzinhas, não tinha nada de caro não, a gente arruma que é pra deixar bonito porque é o pai dele, e eu também tinha gosto pelo meu sogro. Entraram só pra fazer essa maldade. É triste isso"
, desabafou Felicidade Costa.

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