Lobby de delegados dificulta saída para segurança, diz Fábio Abreu

17/07/2017 11h32


Fonte Cidade Verde

Imagem: DivulgaçãoFabio Abreu: defesa da unificação das polícias Civil e Militar como saída para melhorar a segurança pública.(Imagem:Divulgação)Fabio Abreu: defesa da unificação das polícias Civil e Militar como saída para melhorar a segurança pública.

A solução para o problema da segurança no Brasil deve passar por um modelo já consagrado mundo afora: a unificação das polícias Civil e Militar em uma única instituição. Mas essa solução no Brasil esbarra no lobby dos delegados, que inviabiliza a aprovação pelo Congresso de proposta que assegura essa unificação.

Quem se manifesta dessa forma é o secretário de Segurança Pública do Estado do Piauí, deputado federal Fábio Abreu (PTB). Em entrevista ao Acorda Piauí, hoje cedo na Rádio Cidade Verde, Fábio Abreu disse que a ideia de unificação é a saída, não tendo sentido que o processo de prisão e investigação seja dividido entre duas instituições.

Para ele, a existência de uma única polícia já se mostrou efetiva em diversos países, mas que o Brasil teima em seguir outro caminho. E diz que o país é “vítima do lobby”, no caso o lobby dos delegados que atuam no Congresso contra a unificação. Diz ainda que a ideia é aceita pelos agentes, mas os delegados reagem, a não ser que na mudança sejam equiparados ao correspondente a juiz de pequenas causas.

Na entrevista, o secretário Fábio Abreu falou de outros temas:

Plano Estadual de Segurança Pública: está definindo estratégias de ação a partir da voz da sociedade; e ficará concluído até o final do ano.

Emendas Parlamentares: qualificou de “vergonha” a forma como o governo federal distribuiu emendas parlamentares às vésperas da votação sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer.

Permanência ou saída do PTB: o secretário disse que essa decisão depende as regras das novas eleições, a serem aprovadas pelo Congresso até outubro. Mas a tendência, hoje, é sair.
Retorno à Câmara: disse que não retornará à Câmara apenas para votação sobre denúncia contra o presidente Temer. Mas o fará se entrar em pauta a reforma da Previdência, contra a qual se posiciona.