Moro ouve testemunhas de defesa e acusação em processo que tem como réu ex-gerente da Petrobras

24/07/2017 10h00


Fonte G1 Globo

O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, dará início às audiências do processo referente à 41ª fase da operação nesta segunda-feira (24). A ação tem como réu o ex-gerente da área Internacional da Petrobras Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos.

A primeira audiência será a partir das 14h, na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba, com as testemunhas de acusação. Devem ser ouvidos o ex-gerente Eduardo Costa Vaz Musa, que é delator da Lava Jato, e os auditores da estatal Rafael de Castro da Silva e Luis Eduardo Alves do Nascimento.

Depois disso, no mesmo dia, Moro deve começar a interrogar as testemunhas de defesa. Devem ser ouvidos Benício Shetini Frazão, Daniel Zaine, Rafael Ottoni Martins, Claudia Tovres Volpon e Fausto Machado Coelho.

Rafael de Castro e Eduardo Musa serão ouvidos em Curitiba. Os demais serão interrogados por meio de videoconferência com o Rio de Janeiro.

Pedro Augusto Bastos foi preso no dia 25 de maio deste ano no Rio de Janeiro e é acusado de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Atualmente, ele está detido no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Denúncia

A denúncia foi oferecida pelo MPF à Justiça Federal do Paraná no dia 12 de junho e aceita por Moro no dia seguinte.

Segundo a acusação, Bastos recebeu US$ 4,8 milhões em propinas em uma conta offshore na Suíça, da qual era beneficiário.

Em contrapartida, utilizou-se do cargo para dar amparo técnico a um negócio envolvendo a venda de um campo seco de petróleo em Benin, na África, para a Petrobras, em 2011.

O esquema relatado na denúncia é o mesmo pelo qual o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada já foram condenados, em outro processo da Lava Jato.

Conforme o MPF, um relatório da Comissão Interna de Apuração da Petrobras, que investigou os fatos, apontou que Bastos foi responsável por uma série de irregularidades. Por isso, ele foi demitido por justa causa, no segundo semestre de 2016.

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Tópicos: moro, ouve, testemunhas