Podemos de Silas Freire também deve deixar a "Chapinha"

14/02/2018 11h00


Fonte Cidadeverde.com

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A chamada “Chapinha”, que ficou ferida de morte após a decisão do PR de não mais participar da articulação, pode sofrer o tiro de misericórdia nos próximos dias. Isto porque o Podemos do deputado federal Silas Freire deve anunciar em breve que também está fora.

A decisão está diretamente vinculada à viabilidade eleitoral da Chapinha, uma aliança governista alternativa para a eleição proporcional.

Iniciativa do presidente do PTC, deputado Evaldo Gomes, a Chapinha apareceu no cenário político como uma segunda coligação dentro da base do governo para disputar vagas na Assembleia e na Câmara Federal. A ideia é simples e já largamente utilizada com sucesso, inclusive pelo próprio Evaldo na disputa por cadeiras na Assembleia, em 2010 e 2014: une pequenos partidos e cria as condições para eleição de candidatos que, nas alianças com as grandes siglas, não teriam chances.

A articulação incluía PTC, PR, Podemos, PCdoB, PHS e outas siglas. E apresentou o ousado propósito de eleger dois deputados federais. Para isso, reuniu um leque de candidatos com potencial importante de votos: Marcos Vinicius (PTC), Silas Freire (Podemos), Fabio Abreu (PR), Cida Santiago (PHS) e Osmar Júnior (PCdoB). Sonhava-se, ainda, com o PRB e a candidatura de Gessivaldo Isaias – esta atropelada pela decisão nacional de entregar a sigla ao deputado Rodrigo Junior.

O cálculo era que esse time poderia ter algo em torno de 250 mil votos, com possibilidade real de eleger dois deputados federais. O afastamento do PRB – que com Rodrigo vai para a oposição – representou um baque. Também não se tem certeza na candidatura de Osmar Júnior. Mas a articulação ficou mesmo em estado crítico com a saída do PR de Fábio Abreu. Sem os votos das duas siglas, o risco é que a Chapinha sequer alcance o quociente eleitoral que garanta uma única vaga.

O cálculo de pessoas próximas a Silas Freire é que a Chapinha sem o Fabio Abreu e Osmar Júnior se resumirá a uma guerra aberta entre Silas e Marcos Vinícius para saber quem ficará em primeiro lugar. Além disso, há senões no caminho da candidatura do representante do PTC, o que pode tornar real uma situação nada confortável para Silas: ele até 80 mil votos e a aliança não atingir o quociente. Aí, nem eleição e nem mesmo suplência.

Nesse quadro, o Podemos tende a deixar a Chapinha de lado e fazer como o PR: vai disputar vagas na Câmara Federal dentro da grande coligação dos partidos governistas, junto com PT, PP, MDB, PSD e PTB. Outra briga de foice. Mas com a certeza de, pelo menos, ficar numa boa suplência.

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