Áudio de mulher queimada viva revela que marido tentou protegê-la do fogo

15/07/2018 09h44


Fonte CidadeVerde.com

Um áudio gravado pela operadora de telemarketing, Carla Pereira de Abreu, que foi queimada viva em um incêndio criminoso, revela que o companheiro dela, Luís Pereira Gonzaga, 54 anos, morreu tentando protegê-la do fogo. O crime ocorreu no último dia 30, no bairro Piçarra, zona Sul de Teresina. O casal ainda chegou a ser resgatado com vida, mas morreu no hospital.

O áudio de WhatsApp foi compartilhado por Carla quando estava internada. Na mensagem, a jovem conta que o marido e o suspeito tiveram uma breve discussão. O autor do incêndio criminoso foi apontado como José Fernando Pereira Gonzaga, 47 anos, cunhado de Carla.

"Eles tiveram uma breve discussão. Quando foi por volta de 3h30 da manhã, ele [suspeito] começou a derramar querosene ou foi álcool debaixo da porta do nosso quarto e trancou a gente por fora, jogou palito de fósforo e começou a pegar fogo. As chamas eram muito altas. Aí o Luís me protegeu. Gritei por socorro, abri aquela janela, fiquei pedindo por socorro [...] Aí deu tudo certo, eu fui a primeira a sair. Mas na hora que eu saí, ele desmaiou lá dentro do quarto. Ele já chegou no hospital desmaiado [...] ele me falou algumas coisas, mas tive que sair de perto dele, pois o estado dele era muito grave. Me separaram dele, pois o meu estado era mais leve. Eu tava consciente", contou a jovem que morreu no último dia (11). O marido dela veio a óbito no dia 02.
Imagem: DivulgaçãoÁudio de mulher queimada viva revela que marido tentou protegê-la do fogo.(Imagem:Divulgação)

Aúdios divulgados na semana passada revelam que Carla pediu por justiça antes de morrer. Na nova mensagem, ela reiterou o pedido e o receio da impunidade.

"Agora, a gente fica no descaso da impunidade. Quero que aquele v******** seja preso por isso que ele fez",
desabafou a operadora de telemarketing. Com o falecimento dela, a família clama por Justiça.

O suspeito seria esquizofrênico e estaria internado em um hospital psiquiátrico na Capital. O caso está sendo acompanhado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) que vai solicitar um teste de sanidade mental no suspeito.

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Tópicos: hospital, suspeito, carla