Laudo do IML nega morte de bebê de um ano por agressão física no Piauí

21/10/2014 09h29


Fonte G1 PI

Um laudo do Instituto Médico Legal do Piauí (IML-PI) nega que a morte de um bebê de um ano de idade, ocorrida no Hospital Geral do Promorar nesse domingo (19) em Teresina, tenha sido provocada por maus-tratos. A informação é do delegado José de Anchieta Pontes, dando conta ainda que a mãe, presa em flagrante, será encaminhada para a Penitenciária Feminina de capital, mesmo com o documento afirmando que a morte da filha não foi causada por agressões físicas.

Segundo o delegado, o documento do IML deu a causa da morte como não identificada. "De alguma coisa essa criança morreu e vamos buscar exames complementares para identificar", afirmou.

José de Anchieta agora tenta relaxar a prisão da mãe porque não existem indícios que apontem que ela teve ação direta no óbito do bebê. “O laudo comprovou que a criança não sofreu agressão física. Os médicos fizeram todos os exames e não identificaram qualquer fratura. As manchas podem ser de alguma doença. Estamos tentando resolver a situação da mãe, que nem teve direito a participar do velório da filha. Confesso que também não entendi a prisão dessa mãe”, disse o delegado, afirmando ainda que a família mora na Zona Rural de Teresina e, possivelmente, não tinham acesso frequente ao Posto de Saúde.

José de Anchieta esclareceu que o auto de prisão foi realizado por um delegado plantonista na Central de Flagrantes, nesse domingo (20), apenas com o testemunho de dois soldados, que tinham observado manchas roxas pelo corpo do bebê.

A justiça foi favorável à prisão preventiva da mãe antes mesmo de sair o laudo do IML. O delegado José de Anchieta informou que as informações sobre o caso estão confusas e, por isso, as investigações estão sendo realizadas para verificar o convívio familiar do bebê, pois ele aparentava estar desnutrido e com anemia.

Entenda o caso

O bebê morreu na tarde de domingo (19) no Hospital Geral do Promorar, na Zona Sul de Teresina, uma hora após dar entrada. A direção do hospital registrou um Boletim de Ocorrência porque suspeitaram que a criança faleceu em decorrência de uma doença não tratada.

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