Brasil registra 823 novos óbitos por coronavírus; total é de 114.277

22/08/2020 22h09


Fonte O Globo

O Brasil registrou 823 novos óbitos e 46.210 novos casos de coronavírus neste sábado, segundo levantamento realizado pelo consórcio de veículos de imprensa. Até agora, a pandemia já provocou 114.277 mortes e 3.582.698 infecções.

O consórcio, formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, reúne informações das secretarias estaduais de Saúde. Os dados acima foram coletados no boletim divulgado às 20h. O governo de Sergipe não divulgou os seus dados.

A média móvel de óbitos dos últimos sete dias, por sua vez, é de 997, apontando uma tendência de crescimento. Desde a semana passada, o índice teve uma leve queda em relação ao registrado em junho e julho.

O país tem sete estados, além do Distrito Federal, com indicação de alta na média móvel de óbitos por Covid-19: Amazonas, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Tocantins.

Nove estados apresentam tendência de queda: Amapá, Alagoas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Rondônia, Roraima e Sergipe.

Apresentam estabilidade dez estados: Acre, Espírito Santo, Pará, Paraná, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo

A "média móvel de sete dias" faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Cerca de 14,1% dos óbitos e 15,5% das infecções por coronavírus em todo o mundo ocorreram no Brasil.

Nesta sexta-feira, o diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, afirmou que o Brasil chegou à estabilidade no número de novos casos e mortes "graças também ao esforço dos profissionais de saúde", mas que a evolução da doença demanda atenção:

— Há uma tendência de queda no Brasil, mas são necessárias mais ações para reduzir essa taxa de transmissão. Quando países como o Brasil, EUA e Índia controlam a doença, contribuem para o planeta — ressaltou, acrescentando que a vacina não resolverá sozinha a pandemia, e por isso medidas como distanciamento social e higienização das mãos devem ser mantidas.

O plano da Rússia de lançar sua vacina contra o novo coronavírus, a Sputnik V, mesmo antes de testes completos sobre a sua eficácia, está causando preocupação em cientistas no mundo todo, que alertam que uma vacina parcialmente eficiente poderia induzir o vírus causador da Covid-19 a passar por uma mutação.

Sabe-se que os vírus, inclusive o Sars-CoV-2, têm a capacidade de passar por mutações o tempo todo, o que muitas vezes tem pouco ou nenhum impacto no risco que representam às pessoas.

As infecções por coronavírus estão avançando novamente na Europa. França e Espanha registraram o maior número de novos casos desde abril na semana passada, enquanto a Itália relatou seu maior aumento desde maio e as taxas diárias da Alemanha dobraram nas últimas semanas. No entanto, os dados indicam que o surto está se tornando menos mortal. Isso pode ser atribuído ao aumento dos testes que está detectando a doença mais cedo. 

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Tópicos: brasil, mortes, vacina