Viviane Araújo sobe o Morro e declara seu amor pelo Salgueiro
23/01/2011 12h19Fonte Ego
Imagem: Marcos Serra LimaViviane Araújo
Em 2008, quando chegou ao Salgueiro para assumir o posto de rainha de bateria da escola, nem mesmo Viviane Araújo acreditava que um grande amor pudesse nascer entre ela e a agremiação. Tanto descrédito vinha de 16 anos de carnaval e algumas decepções, como a perda do posto de rainha de bateria na Mocidade Independente de Padre Miguel, última escola em que Viviane reinou antes de ser acolhida pelo Salgueiro.
“Fiquei desiludida, sim, e já pensei em parar com tudo. Você se dá tanto para uma escola, e no final fazem uma sacanagem com você. Quando fui para o Salgueiro, criei uma expectativa por ser uma escola de peso, de nome. Ficava imaginando como é que iam me tratar. Mas nosso encontro deu super certo, e foi lá que eu me encontrei. O Salgueiro é a minha casa”, diz a rainha que inaugura o ensaio especial de carnaval 2011 do EGO.
Em nome dessa paixão e interação com a comunidade, levamos Viviane Araújo para o alto do Morro do Salgueiro, na Zona Norte do Rio - onde reside boa parte dos integrantes da escola de samba - pacificado por uma unidade de polícia e encantado pela beleza de sua rainha.
Viviane Araújo parou o morro. Foi seguida por moradores, fotografada por eles e com eles para este ensaio. Ela creditou o sucesso que faz com os “súditos” e na Marquês de Sapucaí ao fato de ser uma pessoa simples e que trata todo mundo de igual para igual, sem melindres por estar em um posto de destaque na escola. Mas não é só isso. Em seu primeiro ano de Salgueiro, Viviane criou moda ao desfilar tocando um tamborim à frente da bateria.
“Se quiser vir com o tamborim na mão durante o desfile, pode até vir. Mas saber tocar é outra história. Até hoje aprendo e ensaio. Falta muito para tocar bem. Mas já virou marca registrada, e as pessoas cobram isso de mim. Tem que ter tamborim”, diz ela com modéstia. Viviane não se abala nem quando o assunto são as ameaças que volta e meia sofre, com candidatas ao seu cargo.
“Vão querer sempre porque é um lugar almejado, de destaque. Mas estou tranquila. O dia que a escola não me quiser mais, tudo bem. Mas não vou ficar preocupada com isso, não”, diz ela soberana.
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