Acusada de xingar e mandar as Paquitas tirar roupa, Marlene Mattos revela se assistirá documentário
19/09/2024 09h23Fonte Extra
Bastante citada na série documental "Pra sempre Paquitas", do Globoplay, Marlene Mattos se recusou a gravar depoimento para o projeto. Mas a pergunta que não quer calar é: será que ela vai assistir o doc.?No episódio que relata a demissão em massa da primeira geração de Paquitas, elas, que tinham entre 9 e 14 anos, contam que eram xingadas pela diretora Marlene Mattos e obrigadas por ela a ficarem nuas.
Procurada pelo EXTRA nessa terça-feira, 17, Marlene disse que não assistiu ao documentário, mas revelou que pretende ver assim que tiver um tempo. "Não vi, mas pretendo ver quando tiver tempo", disse.
Imagem: Arquivo GloboMarlene Mattos revela se assistirá documentário.
Questionada sobre as polêmicas e as acusações feitas pelas ex-paquitas, ela diz: "Não vi, portanto não falo do que não vi".
Marlene atualmente é diretora do podcast "Café com respostas", apresentado por Zilu Camargo.
O quarto episódio do doc relata como foi feito o livro "Sonhos de paquita: nos bastidores do show", escrito pelo ex-diretor do "Xou da Xuxa" João Henrique Schiller e que resultou na demissão em massa das meninas.
O documentário exibe as gravações em fita cassete dos desabafos que as próprias paquitas fizeram na época durante encontros com João Henrique, em 1994. A ideia delas era reunir as histórias e criar uma peça chamada "Confissões de Paquitas", mas o diretor resolveu transformar as declarações polêmicas em livro.
Entre as histórias contadas na fita cassete, elas revelam que eram chamadas por Marlene de "putinhas" e frequentemente obrigadas a tirarem a roupa para a diretora.
"Teve um momento específico em que eu realmente me senti humilhada e sem saber como agir. Essa é uma lembrança muito dura, muito cruel", desabafou a hoje atriz Bianca Rinaldi.
Logo após a fala da Bianca, a ex-paquita Ana Paula Guimarães, a Catu, diretora do documentário, ouve as gravações das meninas da época, relatando que Marlene as obrigava a tirar a roupas.
"Para variar eu já sabia que ia levar um esporrão, né. Porque toda vez esse negócio de gordura... E a Marlene: Eu dou uma semana para vocês emagrecerem. Eu já estava acostumada com aquele tipo de esporro da Marlene. A Ana Paula, não. Ana Paula chorando", disse Priscilla.
"É você se acostumar com esse tipo de abuso e achar que é normal", comentou Catu, chorando. "É realmente muio humilhante", completou Bianca, também emocionada.
"Sempre tinha essa questão de, em janeiro, ela querer ver o corpo da gente... Mas aí é uma situação delicada que eu não gostaria nem de falar. Isso é chato", disse Roberta no documentário.
"Eu fui a única que não tirei a roupa, porque ela me disse: você não precisa. Mas eu via as minhas amigas. Não é menos constrangedor", declarou Juliana Baroni.
"Tinha meninas que estavam sem a parte de cima da roupa: eu. Estava de vestido. Então, não vou entrar... Você mensura aí o constrangimento. E eu não estava fora do peso. A minha mãe nunca ficou sabendo disso. Foi tão pesado, tão feio, horroroso", lamentou Flávia Fernandes.
Imagem: GloboplayPaquitas contam que Marlene Mattos as obrigava a tirar a roupa.
"Eu não estava indo para a reunião para tirar a roupa. Eu não estava de sutiã aquele dia. E eu falei: a blusa também? E ela disse: a roupa toda", lembrou Catu.
"Nada justifica esse assédio moral, que a gente veio entender anos depois. A gente achava que era assim que funcionada a TV", analisou Juliana.
No documentário, a ex-paquita Priscila Couto conta que foi suspensa por Marlene Mattos por estar acima do peso. "Eu sabia que a qualquer momento, eu estaria fora".
Marlene Mattos não quis participar do documentário e também não respondeu ao ser procurada pelo EXTRA para falar sobre o assunto.
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