Andréa Veiga relembra época com Xuxa: "Inventei a profissão de paquita"
29/11/2019 16h39Fonte Revista Marie Claire
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Andréa Veiga cresceu em frente às câmeras, virando um símbolo dos anos 1980 ao entrar na casa dos baixinhos, sendo a primeira Paquita do Show da Xuxa. Aos 50 anos, ela é a personificação da mulher multitarefada: é atriz, apresentadora, cantora e mãe de um adolescente.Em entrevista à Marie Claire, relembrou os tempos em que acompanhava Xuxa mundo afora, contou como foi o ensaio para a Playboy, debateu a maturidade do passar dos anos e como educa o filho Luca, de 17 anos.
Anos 80
"Vim de uma família de artistas e estudava no Teatro Tablado para ser atriz, aos dez anos. Um dia resolvi que queria fazer televisão e fui até a TV Manchete, em que a Marlene Mattos era assistente do Robert Sherman (1925-2012). Lá fui convidada para fazer um teste para o programa da Xuxa. Era bem no comecinho, não imaginávamos que tomaria a proporção que virou a atração".
Imagem: ReproduçãoClique para ampliarRoberta Cipriano, Ana Paula Guimarães, Andréa Sorvetão, Louise e Andreia Veiga.
Roberta Cipriano, Ana Paula Guimarães, Andréa Sorvetão, Louise e Andreia Veiga."Podemos dizer que eu inventei a profissão de paquita. Fui batizada assim porque no programa havia um papagaio, como se fosse o Louro José, chamado Paquito. Assim, em uma brincadeira da Xuxa, virei Paquita. Antes, as assistentes de palco tinham apelidos, como Pituxa. Como queria ser atriz, saí da atração e as próximas meninas viraram todas paquitas". "Lembro que o ritmo das gravações era insano. Gravavámos os programas da semana de uma leva só, durante o sábado e domingo, pois a Xuxa morava em Nova York, na época. Ela chegava na sexta à noite e ia embora do domingo mesmo. Então, era uma gravação atrás da outra. Porém foi muito gratificante. Fiquei um mês com ela na Espanha gravando o programa por lá. Além disso, a Marlene não nos deixava faltar nada: tínhamos aulas de inglês, etiqueta e várias outros cursos. Éramos uma família mesmo".
"Não éramos sexualizadas na época do programa. Éramos crianças trabalhando como adultas, porém ainda crianças e pré-adolescentes. Se tinha alguma coisa assim, é dos caras que imaginavam algo".
Playboy
"Posei para a revista em 1988, mas não era um sonho. Encarei como se fosse mais um trabalho, como se fosse abrir portas profissionalmente. Se fosse hoje, não faria. Não deu o retorno que esperava. Fiz as fotos quando tinha 17 anos e, assim que completei 18, o ensaio foi publicado. Meus pais acabaram não lendo o contrato, fiz tudo sozinha".
50 anos
"A maturidade não me dá medo. Pelo contrário, sempre brinco e, quando perguntam a minha idade, digo que é um ano a mais. 50 anos não me definem, na minha mente ainda tenho 30. Claro que me cuido, só não sou obcecada nisso, daquelas que não vivem sem tratamentos estéticos, só usam cremes caros e não saem da dieta. Eu, por exemplo, moro no bairro Jardim Botânico [localizado no Rio de Janeiro] que é perto de inúmeras coisas da minha rotina. Sempre que dá resolvo tudo a pé. E, olha, que os baixinhos da minha geração, que agora estão na faixa dos 35, 40 anos, ainda me reconhecem na rua".
Assédio
"Sempre passamos por isso. Moral, sexual... Ainda mais quem trabalhava na TV e no teatro. Antigamente, tínhamos medo de falar, medo do que podia acontecer. Hoje, essa bandeira já está levantada. E, comigo, foram várias vezes. Por exemplo, você está gravando uma novela e a pessoa quer se aproveitar da situação. Prefiro esquecer, deixar pra lá. Já passou".
Maternidade
"Costumo dizer que o Luca é fora da curva. Ele ama estudar, quer fazer Relações Internacionais. Acho que essa geração já vem com outro chip: quer mudar, tem noção do mundo, procura o bem-estar do outro".
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