Diretora Ana Paula Guimarães comemora doc das Paquitas
22/09/2024 11h00Fonte O Globo
Imagem: Cezar Loureiro/Agência O Globo e Reginaldo Teixeira/GloboAna Paula Guimarães, a Catuxa, hoje é diretora de TV - e é a diretora artística de "Pra sempre Paquitas"
Ana Paula Guimarães comemora o sucesso do documentário "Pra sempre paquitas", que vem repercutindo muito desde o lançamento no Globoplay, no último dia 16, e até gerou um meme na internet. Ela, que ficou conhecida como Catuxa, foi a diretora artística do projeto sobre as assistentes de palco de Xuxa.
— Estamos muito emocionadas e felizes com essa realização. A resposta tem sido incrível, praticamente imediata. A gente tem recebido mensagens do mundo todo e muitos recados acolhedores. As pessoas têm falado muito do processo de cura ao assistir ao documentário, pela coragem que a gente teve de tocar em certos pontos sensíveis de forma madura, sem atacar ninguém. Era aonde a gente queria chegar: tocar o coração das pessoas, fazer esse resgate do sonho, mas acordar as pessoas para elas entenderem que abusos não são necessários em instância alguma — diz.
A diretora fala do desafio de contar uma história da qual ela mesma fez parte:
— Eu entrei uma Ana Paula e estou saindo outra. Ter esse distanciamento daquele universo com o qual tenho tanta intimidade foi o mais rico e o mais difícil. Em alguns momentos eu titubeei, pensei se colocaria algumas coisas ou não, mas sempre com cuidado para não constranger nenhumas das meninas, cuidando da história delas. Isso foi transformador para mim.
Catuxa diz que um dos momentos que gerou dúvida foi a história do livro que causou a demissão de todas as Paquitas de sua geração:
— Sobre o livro, eu chorei muito até amadurecer essa ideia. Fui conversando com a Tati (Tatiana Maranhão, a outra idealizadora do projeto) e entendemos que seria importante para a nossa cura, para que a gente ressignificasse isso como amadurecimento.
O documentário mostra que o desligamento aconteceu após Marlene Mattos, diretora do programa de Xuxa na época, ficar sabendo que as Paquitas planejavam um projeto contando os duros bastidores da profissão. Em um dos depoimentos confirma-se que a informação vazou através de uma das integrantes do grupo. Ana Paula diz que não quer saber quem foi:
— Todo mundo foi contra mim quando falei (no documentário) que isso era desnecessário, depois de todo o constrangimento que a gente passou lá atrás com aquela despedida que doeu demais. Quando a gente resolveu abordar esse assunto do livro, eu falei: "Não vou constranger as meninas de novo, em hipótese alguma". Queria que a gente pudesse conversar, se olhar, mas não constranger ninguém. Não levei todas ali para ouvir os áudios para a gente se atacar e lavar roupa suja. Não era esse o objetivo. Não quero ficar sabendo quem foi, porque quem foi estava muito desesperada naquele momento. Estava sofrendo muito e infelizmente resolveu fazer uma coisa para se safar e não pensou no grupo. Mas acho que estava tudo tão errado que, em algum momento, alguma coisa ia estourar. Porque a gente estava indo por um caminho errado.
A diretora também comenta a ausência de Marlene, que se recusou a participar do projeto:
— Atrapalhar o resultado final não atrapalhou, mas poder contextualizar todos esses fatos tendo uma conversa madura com ela, assim como a gente teve com a Xuxa, seria muito melhor. Ficaria mais claro para todos. Tentamos muito falar com ela, mas respeitamos seu posicionamento de não querer falar. A gente não está atacando ninguém, apenas contextualizando uma época.
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