Drica Moraes fala de "Volta por Cima", celebra 40 anos de carreira e lembra cura da leucemia
20/11/2024 08h39Fonte O Globo
Imagem: Beatriz Damy/GloboDrica Moraes
No ar como Joyce em "Volta por cima", Drica Moraes comemora a oportunidade de interpretar uma personagem mais leve, após trabalhos pesados em "Os outros" e "Sob pressão".
— Essa novela é uma alegria. É uma história bem viva, com muita diversidade e temas como a solidariedade entre pessoas de classes menos favorecidas. O elenco também é bastante diverso e com pessoas de gerações distintas — analisa a atriz.
Na trama, Joyce é uma mulher falida que ainda vive deslumbrada com a época em que era rica. Já Drica, filha de um arquiteto e de uma administradora de empresas, conta que sempre buscou manter os pés no chão:
— A fama nunca mexeu comigo. Eu vim de uma família de classe média, tenho 700 irmãos. Não sou herdeira de nada. É cada um por si. Criei a noção de responsabilidade desde muito cedo. Eu busco, inclusive, não me afastar da minha raiz, porque isso me alimenta. Eu trabalho desde os 13 anos. Apesar de ter feito dinheiro com a profissão, a minha vida é muito simples. Eu não tenho carro, por exemplo. Ando de metrô, de ônibus, de carro de aplicativo e a pé.
Paralelamente à novela, ela está em cartaz com a peça "Férias", escrita por Jô Bilac e dirigida por Enrique Diaz e Debora Lamm. A atriz contracena com Fabio Assunção:
— É uma comédia sobre um casal que está viajando num cruzeiro. O público tem rido demais. Deu muito certo. Estamos fazendo uma turnê pelo Brasil. A ideia é que, quando a novela estiver terminando, façamos uma temporada no Rio.
Completando 40 anos de carreira em 2024, ela reflete sobre esse marco:
— É inacreditável que tenha dado tudo tão certo. Eu poderia não estar mais aqui e estou. São mais de 20 novelas e mais de 30 peças. Viajei o mundo todo com teatro. Tem uma celebração de muita vida bem vivida dentro do que eu escolhi fazer, aos 13 anos.
Ao mencionar que "poderia não estar mais aqui", Drica refere-se à luta contra a leucemia. Ela se curou em 2010, após passar por transplante de medula:
— É um milagre estar aqui, porque poderia muito bem não estar. Alguma coisa fez o meu doador chegar até mim e permitiu que tudo desse certo. Sem contar com o apoio fundamental do meu filho querido (Mateus, de 15 anos), dos meus amigos e da minha família.
Drica já foi casada mais de uma vez, sendo a mais recente com o médico Fernando Pitanga, com quem adotou o filho, em 2009. Eles se separaram pouco antes da pandemia, após dez anos. A atriz considera esse o seu único casamento que deu certo.
— Terminamos nos amando e nos querendo muito. Somos melhores amigos até hoje. Ele é o meu maior companheiro de vida. E eu acho que deu tão certo porque sempre moramos em casas separadas — explica ela, que está solteira atualmente: — Por enquanto, estou gostando de estar solta. Tenho meus casos, meus cachos... Sou muito discreta e assim continuarei sendo até o resto dos meus dias.
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