Ex-BBB Aline conta que sofreu racismo do ex por causa de seu cabelo

12/04/2025 13h34

Fonte Extra

A passagem de Aline Patriarca pelo "Big brother Brasil" foi marcante, principalmente pela mudança do visual ao longo do confinamento. A ex-policial entrou com tranças, mas assumiu seus fios naturais pouco antes de sair da casa. No passado, a baiana sofreu racismo por conta das madeixas, tanto que resolveu cortar o próprio cabelo quando iniciou a transição capilar. Ela chegou a usar tranças, mas tirava algumas vezes, o que motivava comentários racistas, inclusive do ex-namorado.

— Primeiro, eu mesma cortei meu cabelo. Depois, pulei para a fase da trança e, logo em seguida, assumi os fios naturais. Nessa época, ainda estranhavam. Já me relacionei com uma pessoa que falava: “Ah, quando você colocar trança de novo, a gente se encontra”. Era algo que me doía. Por isso que eu incentivo tanto as pessoas a se aceitarem como elas são, a bater no peito e segurar o rojão. Adoro falar isso! — disse a ex-BBB de 32 anos.

Além do ex-namorado, Aline também sofreu com o preconceito de seus colegas na escola em que estudava.

— Havia muitos comentários negativos. Para que me aceitassem melhor, minha mãe fazia tranças em mim. Durante o recreio na escola, eu ia para o banheiro, desfazia tudo e molhava os fios para ficarem soltos como os das meninas brancas da minha sala. Minha mãe descobriu que eu sofria bullying e ficou muito triste. A partir daí, comecei a alisar o cabelo. Aos 21 anos, não conseguia mais me enxergar no espelho. Resolvi passar pela transição. Uma das inspirações para mim foi a Iza (cantora) — conta.

Ex-BBB Aline Patriarca serve de inspiração para meninas pretas

Durante sua participação no "BBB", Aline serviu de inspiração para meninas pretas. Muitas garotas se identificaram com o cabelo da ex-policial.

— O cabelo é a coroa de toda mulher preta. Eu me sinto na obrigação de passar isso para outras meninas pretas, para que elas entendam que são lindas do jeito que são. A gente vive numa sociedade machista, misógina. A gente quer ter voz, se posicionar, falar sobre desejos e medos, mas a gente não é fortaleza o tempo inteiro. Quem não se sente inseguro? — indaga.

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