Gaby Amarantos exalta força feminina da Amazônia em single com Zaynara: "Mulher que se banca"

19/02/2025 09h20


Fonte Revista Quem

Imagem: Divulgação/Marcio NaganoGaby Amarantos(Imagem:Divulgação/Marcio Nagano)Gaby Amarantos
 
Referência na música do Norte do Brasil, Gaby Amarantos convidou Zaynara, paraense como ela e fenômeno da nova geração, para Mulher da Amazônia, single que exalta a força e a identidade da mulher amazônica. A ideia, a cantora de 46 anos conta, é mostrar para o resto do país quem é essa figura feminina.

“A mulher da Amazônia é uma mulher muito bela, potente, inteligente, uma mulher colorida. É uma mulher diversa, múltipla. Tem de Dira Paes a Joelma, de Alane a Zaynara, Viviane Batidão, Fafá de Belém, Isabelle Nogueira. São tantas mulheres maravilhosas dessa região”, diz Gaby.

A vencedora do Grammy Latino 2023 na categoria de Melhor Álbum de Música de Raízes Em Língua Portuguesa com o TecnoShow, aponta um outro lado dessa personagem feminina. “É uma mulher que se banca, é uma mulher que é sensual e que tem coragem de ser sensual, de ser sexy, colorida, divertida, e que ama ser elogiada. A música é para a mulher brasileira, que tem a floresta no seu coração”, explica.
Imagem: Divulgação/Marcio NaganoGaby Amarantos e Zaynara(Imagem: Divulgação/Marcio Nagano)Gaby Amarantos e Zaynara

O lançamento veio acompanhado de um clipe, gravado na Ilha do Mosqueiro e reforçando a valorização da cultura e da identidade feminina da região Norte. “A mulher da Amazônia ela é ouvida quando ela é vista, quando ela é representada. Por isso que a gente considera tão importante para o nosso país ter cada vez mais essa mulher ocupando todos os lugares, com potência, com beleza”, aponta Gaby. “Quando gente olha e não tem uma mulher da Amazônia fazendo parte de algo que é referente ao Brasil, é nessa hora que calam e colocam uma mordaça na sua boca”, aponta a cantora.

Musicalmente, Mulher da Amazônia mistura afrobeat, guitarrada e carimbó, criando uma identidade rítmica chamada de Amazon Beat. A proposta é trazer um som que une a energia do amapiano – ritmo africano que conquistou o mundo – com os elementos musicais e culturais da Amazônia. A inspiração para a composição vem de clássicos da MPB, como Toda Menina Baiana, de Gilberto Gil. A pareceria com Zaynara, de 23 anos era um desejo que Gaby já tinha há algum tempo.
Imagem: Divulgação/Marcio NaganoGaby Amarantos e Zaynara (Imagem:Divulgação/Marcio Nagano)Gaby Amarantos e Zaynara 

“Desde o momento que eu vi Zaynara surgir com todo esse talento para o Brasil queria fazer algo com ela. Até chegamos a experimentar outras músicas, mas quando eu compus essa, eu falei para tudo, essa que é a música para fazer com a Zaynara”, lembra Gaby, que ressalta o caráter feminino da produção musical local.

“A música do Pará é uma cena toda feminina, comandada por mulheres. Eu quero reverenciar tantas mulheres maravilhosas que fazem parte dessa cena, como Luê Soares, a Jade Jaloo, Valéria Paiva, Hellen Patricia, Suanny Batidão, Viviane Batidão, Keila Gentil, Dona Onete, Fafá de Belém, Joelma... É um monte de mulher maravilhosa que o Brasil já conhece e outras que o Brasil vai descobrir”, frisa.
Imagem: Divulgação/Marcio NaganoGaby Amarantos (Imagem:Divulgação/Marcio Nagano)Gaby Amarantos 

Gaby também ressalta a importância da visibilidade dos artistas nortistas, o que como consequência chama atenção para outras questões relacionadas à região. “Acho que, nós, artistas da Amazônia sempre fomos muita à luta. Só da gente cantar a nossa floresta, seguir brilhando nesse cenário nacional, conseguir furar essa bolha do Sudeste, trazer a nossa sonoridade para o Brasil inteiro lembrar da nossa existência, da nossa importância... Já é uma forma de luta também”, pondera.

A cantora não esquece que ela mesma é uma representante da mulher que homenageia com o single. “Eu emagreci 35 quilos e estou numa fase de estar me sentindo cada vez mais bela, livre e feliz para poder protagonizar essa mulher da Amazônia, essa mulher que vai rebolar no brega, essa mulher que tem um segredo para ser desvendado”, diz.

“Por isso que a gente quis fazer essa música: para lembrar que essa mulher ela é de luta, mas também dança, também quer beber a cervejinha dela, tomar cachacinha de jambu dela, ir para a festa de aparelhagem dela no final de semana e quer ter paz .É lembrar que, para poder lutar, a gente precisa se abastecer de muita alegria”, ensina.


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Tópicos: cantora, gaby, amaz?nia