Giovanna Antonelli lembra batalha pelo papel de Capitu, de "Laços de famÃlia"
19/03/2022 12h16Fonte O Globo
Giovanna Antonelli, que está no ar em "Quanto mais vida, melhor!", relembrou o início de sua carreira nas novelas e falou de um incômodo que sentia com a aparência no fim da adolescência.
— Uma coisa que aconteceu aos 16 ou 17 anos de idade foi que descobri a depilação a laser. Eu tinha bastante cabelo. Isso me incomodava muito. Principalmente para gravar cena de novela. Às vezes eu tinha que coordenar a agenda da depiladora com a cena de minissaia. Eu pensava: "Não é possível que não tenha um jeito". E uma amiga minha falou: "Já ouviu falar de depilação a laser?" E eu nunca tinha ouvido. Não tinha laser. Tinha dois lugares em São Paulo e um no Rio de Janeiro. E muito caro. E ela: "Vou te dar esse pacote porque você sofre muito". Eu morei lá um ano, né? Fiz o corpo inteiro (risos). A partir daí, mudou minha relação com a estética (...) Me tirou vários traumas, me incomodava muito — contou ela no podcast "Primocast". A atriz, que iniciou o trabalho na TV como assistente de palco do "Clube da criança", programa da Angélica, relatou ainda que insistiu na carreira e se inspirou na apresentadora:
— Meus pais não me incentivavam a atuar. Era uma profissão discriminada no país, ninguém ganhava dinheiro, meus pais eram "ferrados" também, trabalharam com arte a vida inteira, então era por amor. E eu tinha esse amor pelo que eu fazia. E eles não acreditavam: "Imagina se ela não tiver talento? Vai viver na m*** e não vai ter talento". Cheguei a fazer faculdade de Jornalismo, aí tranquei no meio. Mas desde que comecei a trabalhar com 13 anos eu nunca mais parei (...) Estar com a Angélica ali, eu tinha 13 e a Angélica, 15. Ver aquela menina ali trabalhando, com tanto profissionalismo... Cara, uma escola (...) Eu ficava arrepiada. Para uma pessoa que está começando, é um espelho.
Imagem: Reprodução/Globo
A carioca de 46 anos relembrou ainda que batalhou pela personagem Capitu, de "Laços de família", a grande virada de sua carreira:
— Abriu o teste para a Capitu, eu falei: "Tenho que fazer esse teste, cara". E disseram: "Não dá. Para a Capitu tem que ser um mulherão maravilhoso, gostosa, linda". Eu fui ficando desse tamanho (risos). "Mas deixa eu fazer o teste?" (...) Eu saí de lá arrasada. Falava: "Não, gente. Preciso fazer esse teste". Aí ligava para o homem (o produtor de elenco) e chegou uma hora em que ele não me atendia mais. Quando eu estava lá, eu batia na porta: "Deixa eu fazer esse teste". Aí um dia lá, eu não sei o que aconteceu, ele me ligou: "Ô, chata. Vem fazer o teste. Vou te mandar o texto". Eu peguei a cena dia e noite, noite e dia (...) Eu tentava virar um mulherão dentro daquilo ali.
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