Ivete Sangalo faz confissão sobre nascimento das filhas gêmeas

09/04/2020 14h31


Fonte Entretenimentto famosos

Imagem: ReproduçãoIvete e sua familia(Imagem:Reprodução)
 Ivete Sangalo é capa da nova edição da revista Vogue e, em tempos de isolamento social, a cantora falou sobre como está sua vida pessoal, como mãe de três filhos.

Ao falar sobre a relação com o esporte e as atividades físicas que gosta de praticar, Ivete disse que descobriu seu corpo mesmo depois de se tornar mãe:

- Depois que eu me tornei mãe aí que vi que o meu corpo é meu parceiro mesmo. Porque além da entrega emocional, da entrega quase que pedagógica também com os filhos, tem uma entrega física que… os moleques não querem saber se eu estou cansada. É “mamãe, mamãe, venha, venha, venha”! E aí a gente vira uma atleta. As mulheres, né, são atletas desse dia a dia louco. A gente não abriu mão absolutamente de nenhuma função. Primeiro porque é muito prazeroso para nós, mulheres. Vivemos essa multifaceta que é ser mulher, saber fazer muitas coisas. A gente foi absorvendo novos movimentos e não foi se desfazendo de nenhum. Então hoje nós somos um conglomerado de ações, de ativos, e o melhor de tudo é que a gente dá conta mesmo de ser isso tudo, disse.

Ela ainda contou como faz para lidar com a fama e a intimidade da família, confessado que se fosse uma pessoa anônima não teria receio em sair na rua com as crianças:

-Com os filhos, você precisa ter um jogo de cintura para explicar para eles sobre a fama. Tipo, eu não sou aquela mãe que estou na rua e “mãe, para o carro e vamos descer aqui, agora, e vamos olhar o mar, vamos…” Eu posso fazer isso? Posso. Mas eu estou sujeita a um assédio, que é totalmente natural, mas que, dentro disso, eu com os filhos, eu posso não saber administrar os filhos comigo e atender as pessoas e isso me cria uma certa agonia. Mas eu nunca, em nenhum momento, deixo jamais de atender às necessidades dos meus filhos por conta da fama. Mas se eu fosse uma pessoa anônima, sem dúvida nenhuma, eu seria uma pessoa completamente [gesticula] de, sei lá, [ir] para a praia, para o mar, para a rua de bike, enfim, essas coisinhas que a gente se pergunta, mas acha-se sempre uma saída e uma alternativa também muito prazerosa.

Ivete também desabafou sobre como foi ter se tornado mãe de filhas gêmeas aos 45 anos de idade. A baiana disse que precisou a aprender a lidar com a falta de exclusividade com os filhos, que tinha antes com Marcelo, seu primogênito:

- Qual foi meu grande problema? Na minha cabeça: eu tinha um filho de oito anos e quatro meses que vivia comigo uma exclusividade de relacionamento, aquela mãe 100% para ele, e eu tive gêmeas. Então, de um filho (Marcelo) pulou para três e a relação exclusiva que eu tive com meu filho eu me deparei com não ter com elas. Então eu tive que aprender a dividir minha atenção e muitas vezes abrindo mão da minha própria felicidade. Quando nasceram as duas meninas, eu queria ter com elas o mesmo processo de exclusividade que eu tive com o filho único. E não é possível, porque elas são duas, em número elas são maiores. Eu tinha sempre que entregar uma para dar de mamar para a outra. Eu tinha que dar o banho em uma, entregar, para continuar a dar o banho na outra. Então eu sempre tinha que entregar.

A beldade disse que foram tempos de muito sofrimento, mas que aprendeu a lidar com os efeitos dos hormônios que surgem após dar à luz e encontrou uma forma de viver esse sofrimento e se dar ao direito de entender o que estava acontecendo em sua vida:

- Isso me fez sofrer muito, mas você não tem ideia, eu passei um mês, o primeiro mês de vida delas eu passei chorando. Só que eu sabia na minha cabeça que eu estava sob efeito de hormônios, eu estava sob efeito da própria maternidade, de ter dois filhos, que são duas pessoas, criaturas, que nós somos responsáveis. Aí você pensa no mundo, nessa velocidade de tudo que está acontecendo, nas coisas boas e nas coisas ruins e você, sob efeito de hormônio, vai começando a dar uma pirada. Eu passei um mês me dando o direito de chorar todos os dias, uma hora por dia. Eu mesma botava músicas românticas, tristinhas, dava aquela chorada, dava uma aliviada, e voltava. Era quase que na agenda. Quando estava todo mundo dormindo eu ia lá no meu som, ficava na janela, buscava o ângulo mais bucólico, mais sofredor, ligava a música, me apropriava daquele momento, chorava, depois eu desligava e ia continuar vivendo a vida. Porque eu sabia que eu podia aquilo, era um direito meu, de mulher. Nem todas as mulheres têm essa consciência ou essa percepção, mas eu, graças a Deus, eu entendi isso, eu digo eu tenho esse direito.


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Tópicos: filhos, ivete, exclusividade