Jô Soares transformou andar de apartamento em que morava em espaço cultural com seu nome
06/08/2022 09h44Fonte Extra
Imagem: Reprodução/InstagramJô Soares
Os últimos anos de Jô Soares foram vividos dentro de seu luxuoso apartamento no bairro de Higienópolis, em São paulo. Um dos metros quadrados mais caros da capital paulista, o endereço abriga centenas de livros, muitos objetos de arte e até uma réplica do Super-Homem na sala.
Carioca, o humorista e apresentador fincou os pés em São paulo e ficou. Passou as últimas décadas num imponente prédio de esquina na Praça Esther Mesquita.
Imagem: Reprodução/TV Globo
Jô ocupava dois andares do edifício, que tem apenas um imóvel por andar. Em um deles, o artista de fato morava. No outro, ele mantinha um enorme escritório, com muitos livros nas estantes, como uma biblioteca, e seu ateliê de artes plásticas.
Era nesse andar que Jô costumava passar a maior parte de seu tempo, usado para escrever, pintar, desenhar e assistir à filmes. Também era comum receber os amigos mais íntimos com uma vista de tirar o fôlego.
A decoração não é nada ortodoxa. Jô tinha desde uma poltrona feita com bichos de pelúcia assinada pelos badalados Irmãos Campana como a tela original de um revólver estilizado de Roy Lichtenstein. Dentre as excentricidades, um Super-Homem, um dos personagens favoritos de Jô Soares, em tamanho natural, na sala.
Imagem: Reprodução/Instagram
No escritório, Jô tinha, entre tantas memórias e objetos de lembrança, um chapéu de um bombeiro que morreu no World Trade Center. Além disso, mantinha cerca de 5 mil livros no apartamento.
Para contrastar com o toque moderno de seu apezão, Jô preferiu ter móveis clássicos, como sofás brancos, paredes de madeira e até um piano de cauda, que ele tocava. No quarto, Jô mandou instalar um ofurô a dez passos da cama, com uma TV acoplada.
Imagem: Reprodução/Instagram
Na cozinha, duas geladeiras, nos corredores fotos e caricaturas nas paredes, um altar com sua santa de devoção, santa Rita. Em 2011, ele tinha comprado mais um andar para abrigar o que chamava de Espaço Cultural Jô Soares.
Reclusão maior com a pandemia
Jô estava separado de Flávia Pedra desde 1998, mas os dois mantiveram-se muito próximos e era ela quem mais ia ao apartamento. Hoje, Flavia é casada com a cantora Zélia Duncan, que passou também a conviver com o apresentador e humorista.
No dia a dia, ele tinha a companhia de seus empregados, já que o único filho, Rafael Soares, morreu aos 50 anos, em 2014. Ele era portador de autirsmo. Jô nunca se recuperou de fato dessa perda.
Até 2019, ele estava no teatro, encenando e dirigindo. Mas interrompeu a temporada de "O livro do Jô" por questões de saúde. Quando a pandemia começou, o apartamento passou a ser um refúgio, de onde saía no banco do carona do carro, cionduzido por seu motorista particular. Um dos destinos mais acessados por Jô era a paróquia de Santa Rita de Cássia, no Pari, onde permanecia sentado em silêncio diante do altar de sua santa de devoção.
"Existe uma diferença entre estar em casa só e estar em casa em solidão", disse ele, certa vez numa entrevista à "Veja".
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