Juliana Alves fala de redescobertas após fim de casamento e novo amor: "Vivia em função do outro"

17/09/2024 09h47

Fonte Revista Quem

Juliana Alves costuma dizer que após o fim de seu casamento com Ernani Nunes, em 2022, "mergulhou em si" para emergir a mulher que é hoje aos 42 anos. Em conversa com a Quem, a atriz conta que só se abriu para um novo amor após trabalhar algumas questões que ela achava necessárias resolver antes.

"Passei por um grande período solteira e foi muito importante eu ter esse olhar voltado para mim. No casamento você acaba vivendo muito para o outro. Eu vivia muito em função e para a outra pessoa. Percebo que foi uma mudança que a vida me impôs. Obviamente não foi uma mudança que fiz feliz, mas me trouxe uma possibilidade de mergulho em mim mesma para que eu pudesse continuar sendo uma boa mãe e profissional", relembra ela.

Mãe de Yolanda, que no final de setembro faz 7 anos, ela explica que também teve a inteligência emocional de dar todo o conforto e segurança para a pequena durante esse processo. Os dois vivem em harmonia em prol da filha.

"Tive essa necessidade de mergulhar em mim mesma e viver esse processo com muita sabedoria, apesar das tristezas que vivi. Procurei deixar um ambiente verdadeiro, mas saudável para a minha filha, para que ela não tivesse que acessar todas as profundidades que eu estava acessando. Passei para a minha filha a segurança de que a gente consegue reinventar relações e ter uma harmonia em prol de algo maior, que é a família", conta.

"A gente vive ainda muito bem uma estrutura familiar consolidada para que ela se sinta sempre segura. A gente não consegue dar o mundo ideal, mas o melhor que podemos dentro da nossa realidade", enfatiza.

Namorando o músico Bruno D"Ávila, com quem fez a primeira aparição oficial durante o Rock in Rio, ela não descarta vivenciar o casamento e a gestação mais uma vez no futuro. Os dois se conheceram no fim de 2023 por meio de amigos em comum.

"Neste momento, não estou solteira. Tenho vida pessoal discreta, não sou de esconder, mas, ao mesmo tempo, não fico ostentando muito. Acredito que é uma forma saudável de viver. Tenho o desejo ainda de me casar e de ter filhos, mas não de maneira romântica e utópica que eu tinha antes. Mas deixo isso para o tempo", diz.

Agora seu foco está em dar vida à nova personagem, Cida, da próxima novela das sete, Volta por Cima. Após enfrentar grandes tristezas, a motorista de ônibus se abre como mulher e cidadã. Juliana se identifica com essa força e alegria do papel.

"A Cida me inspira muito. Ela foi uma mulher que foi se fortalecendo com a própria vida. Ela é muito sensível e amorosa. Viveu grandes tristezas e está neste início da novela finalmente permitindo que a vida lhe mostre que pode ser melhor. Ela está se abrindo um pouco mais como mulher e cidadã. Ela tem seus estresses, mas sempre procura se sentir bem, levar a vida com alto-astral e sinto que vou aprender muito mais com a Cida. Ela é mulher muito sábia e tem sempre uma palavra de sabedoria para seus amigos. A Cida quer ver todo mundo ao seu redor feliz. Com isso me identifico bastante com ela", analisa.

Para interpretá-la, Juliana fez uma pesquisa de campo. Ela conversou com muitas mulheres que ganham a vida no volante de um ônibus.

"Todas falaram da questão do assédio e como a postura delas foi importante para superar isso. Uma mulher negra, que foi a que eu mais me inspirei, falou sobre o racismo que sofreu como motorista. Ela, como uma mulher com muito conhecimento, percebeu uma oportunidade de fazer algo maior para outras pessoas não passarem por isso. Gerou até uma campanha de conscientização nos ônibus da cidade dela", relembra.

"Além disso, as motoristas me falaram muito sobre a postura ao volante e sobre como lidar com muita educação com os passageiros e colegas. Também falaram muito sobre a vaidade delas e como isso impacta na autoestima e faz com que elas se sintam bem neste ambiente em que elas têm que se se afirmar como uma pessoa de muita personalidade e posicionamento, que merece respeito", detalha.

Ela não vai dirigir o veículo de porte grande em cena e contará com a ajuda dos efeitos especiais: "A gente não teve uma oportunidade por conta do próprio processo de produção que não tem um tempo tão longo de preparação. Não tivemos como tirar carteira de motorista de ônibus, por exemplo. A gente vai conseguir com trabalho de ator, direção, cenografia e maquinaria, permitir que as pessoas vejam a gente dirigindo. A magia acontece. Estou muito ansiosa para ver o resultado".

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