Juliana Baroni relembra climão na época de Paquitas: "Saímos como traidoras"

19/09/2024 09h07


Fonte gshow

Imagem: ReproduçãoBárbara Borges, Juliana Baroni e Stephanie Lourenço no Conversa Com Bial.(Imagem:Reprodução)Bárbara Borges, Juliana Baroni e Stephanie Lourenço no Conversa Com Bial.

Juliana Baroni, Bárbara Borges e Stephanie Lourenc?o foram as convidadas do Conversa Com Bial nessa quarta-feira (18). De gerações diferentes da era Paquitas, o trio falou sobre o documentário Pra Sempre Paquitas, que estreou no Globoplay na última segunda-feira (16).

Durante o papo com Pedro Bial, Juliana Baroni falou do clima tenso da despedida de sua geração nos bastidores. A demissão em massa, segundo Juliana, foi por causa do polêmico livro "Sonhos de Paquita - Nos bastidores do Xou" lançado em 1996, escrito por João Henrique Schiller, ex-diretor do programa.

O livro, na verdade, seria originalmente uma peça de teatro, com oito paquitas contando suas experiências no palco, inspirado em "Confissões de Adolescente", que fazia muito sucesso na época. O ex-diretor, que se dispôs a ajudar as meninas no projeto, viu ali uma grande oportunidade ao ouvir os depoimentos e os desabafos das jovens (principalmente sobre os assédios morais que elas sofriam por parte de Marlene Mattos) para um livro.
Imagem: ReproduçãoJuliana Baroni no Conversa Com Bial.(Imagem:Reprodução)Juliana Baroni no Conversa Com Bial.

Inocentes, as meninas que eram consideradas a geração clássica do Xou da Xuxa, aceitaram. E a notícia caiu como uma bomba ocasionando a demissão de todas elas.

"O documentário é a oportunidade de contar melhor essa história 30 anos depois, com distanciamento, maturidade e com leveza, se é que é possível dizer isso. Foi uma catarse para a minha geração de Paquitas", lembrou Juliana, que era a Catuxa Jujuba.
Imagem: ReproduçãoJuliana Baroni e Bárbara Borges no Conversa Com Bial.(Imagem:Reprodução)Juliana Baroni e Bárbara Borges no Conversa Com Bial.

"Teve muito mal-entendido por causa do livro. Até a própria Xuxa achava que a gente estava querendo destruir a carreira dela. Saímos meio como traidoras da história e foi pesado isso. Quando entrei no palco pela última vez para passar o bastão para a nova geração, foi um dos piores dias da minha vida", lamentou Juliana.

Emocionada, a eterna Catuxa relembrou um momento entre ela e Bárbara Borges no dia em que seria substituída. "Estava me concentrando para entrar, estava muito triste! E a Bárbara estava na outra fila das que iriam assumir o posto. Olhei para a Bárbara me segurando para não chorar e ela já estava chorando muito! Eu meio ressentida perguntei por que ela estava chorando. E ela muito carinhosa, cheia de sororidade, me respondeu: Estou chorando porque estou muito feliz de ser paquita, mas eu sou fã de vocês e estou sofrendo", contou, levando Bárbara, que estava ao seu lado no programa, às lágrimas.
Imagem: ReproduçãoJuliana Baroni e Bárbara Borges no Conversa Com Bial.(Imagem:Reprodução)Juliana Baroni e Bárbara Borges no Conversa Com Bial.

Stephanie Lourenço, que foi Paquita da última geração, não participou destas polêmicas, mas enfrentou muitas outras, que estão no documentário. Distanciada, fez uma análise da época e da forma como as meninas eram selecionadas:

"Tem um lado que causou dor em crianças naquela época, que feriu muito a autoestima de crianças ali, que foi a falta de representatividade. Nosso grupo também virou sinônimo disso. Era um padrão estético extremamente racista".
Imagem: ReproduçãoStephanie Lourenço foi a Paquita da última geração.(Imagem:Reprodução)Stephanie Lourenço foi a Paquita da última geração.

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