Juliana Didone anuncia separação: "Mantemos nossa filha como elo"

31/05/2019 14h13


Fonte Revista Crescer

Imagem: Arquivo pessoalJuliana fala sobe nova fase da vida.(Imagem:Arquivo pessoal)Juliana fala sobe nova fase da vida.

Com um tom de voz tranquilo e seguro, Juliana Didone, 34, respondeu à todas as perguntas em uma entrevista exclusiva à CRESCER. A atriz falou sobre como foi a gravidez: "Engordei 20 quilos. Você acha que vai ficar grávida a vida inteira, com aquelas coxas enormes e nunca mais vai voltar ao peso normal". Juliana também revelou como foi a volta ao trabalho depois da maternidade, contou um pouco sobre sua rotina com a Liz e admitiu, inclusive, que, assim como a maioria das mães, também "sonha" com uma noite inteira de sono.

A atriz ainda fez uma revelação surpreendente. Ela disse que hoje, pouco mais de um ano após o nascimento da filha, a relação de seis anos com o artista plástico, Flávio Rossi, chegou ao fim. Confira, abaixo, como foi esse bate papo!

Liz chegou de surpresa ou a maternidade foi planejada?
Foi de surpresa, mas acho que planejada pelo divino. Eu estava terminando de gravar uma novela. Se eu tivesse planejado, acho que nao teria dado tão certo, não só profissionalmente, por estar terminando um trabalho, mas também pelo momento mental, de maturidade. Engravidei aos 33 anos.

Imagem: ReproduçãoClique para ampliarGrávida de Liz (Imagem:Reprodução)
Como você encarou as transformações da gravidez?
De um modo geral, eu gostei porque minha gravidez foi muita tranquila. Não senti aqueles enjoos que todo mundo fala. No final, sim, comecei a me sentir cansada por causa do peso, suava muito porque foi no auge do verão e não tinha vontade de fazer muitas coisas. Mesmo assim, fiz hidroginástica e me mantive bem ativa. Mas acho que o maior conflito da mulher grávida é a insegurança pelo desconhecido. Esse amor que tu já sente, mas não está ali, tu só sente. Tu não consegue pegar, cuidar, cheirar... Isso traz muitas inseguranças. Eu também fiquei muita na paranóia de me preparar para quando ela nascesse, de ficar obcecada pelo tema maternidade, acho que isso aumenta muito a expectativa.

Há poucos dias, você fez um relato nas redes sociais falando sobre o parto da Liz. Nele, você diz que tinha um ideal, que era o parto normal, mas, na hora, não foi possível. Como foi esse momento?
Foi cesárea. Queria muito, idealizei muito o parto normal, mas aprendi que essa idealização pode ser dolorosa, que é muito legal ter como primeira opção o natural, mas a medicina está aí pra nos ajudar também. Um parto pode gerar muito sofrimento e cansaço extremo para a mulher e para a criança. Entendi que a mulher tem que estar aberta ao que tiver acontecendo ali. Seja qual for o parto, o momento vai te surpreender, nunca vai ser exatamente como você imaginou.

Você teve preocupações com o peso? Como está o corpo após a gravidez?
Essa preocupação com o peso vem antes mesmo do parto. Quando você começa a engordar, acha que vai ficar grávida a vida inteira, com aquelas coxas enormes e nunca mais vai voltar ao peso normal. Eu engordei 20 quilos, mas já voltei ao meu corpo de antes da gravidez e, inclusive, estou até mais magra. Mas não encanei com isso. Hoje, o dia é mais intenso, o que faz você emagrecer naturalmehte. Sem falar as refeições... Eu sempre adorei almoços longos, sentar e comer tranquila, mas agora esquece! Fica tudo mais caótico: dou uma colherada e levanto pra ver onde a liz está.
Imagem: Reprodução/InstagramJuliana e sua pequena Liz.(Imagem:Reprodução/Instagram)Juliana e sua pequena Liz.
Além do corpo, a mente da mulher também passa por mudanças...
Acho que a mente passa por uma transfomação tão avassaladora quanto o corpo. O peso, a carga emocional que você ganha nos primeiros meses, dobra! Então, hoje eu acho que é mais interessante pensar na recuperação da mente sadia, buscar tranquilidade, tentar organizar as coisas, pensar no teu lugar como mãe, mulher, menina, de tomar um banho longo... Talvez isso seja mais importante do que voltar ao peso.

Você se separou recentemente do pai da Liz. Como foi?
Sim, faz um tempo já, mas é sempre um processo. Leva um tempo até termos a certeza de que é isso. A gente não segue mais essa vida como um casal, mas ainda temos um elo profundo, temos uma filha desse nosso relacionamento, fruto desse amor que sentimos um dia e que hoje se transformou. Acredito que a gente está sempre em movimento e que, às vezes, as pessoas conseguem caminhar visualizando trilhas diferentes. Mas nossa separação é amigável, madura e a gente se ajuda. Ele é do bem, especial e seguimos perto, mas com essa distância - como amigos agora. Ele mora aqui do lado, está sempre com a Liz, é um pai sempre presente e atento.
Imagem: Reprodução/InstagramFlavio e Juliana no aniversário de 1 ano de Liz.(Imagem:Reprodução/Instagram)Flavio e Juliana no aniversário de 1 ano de Liz.

Como tem sido sua rotina desde a chegada da Liz?
Depois do primeiro ano, tudo vai ficando mais claro e mais calmo. A Liz tem uma rotina. Eu prefiro assim, acho que ela organiza o bebê que está meio perdido no mundo. Nós acordamos às 7h da manhã, e ela já aponta o dedinho pra fora, querendo passear. A babá chega – que é meu braço direito durante a semana – e normalmente vamos à praia, pois eu gosto de jogar vôlei de areia, dar uma corrida e ler os meus textos ao ar livre. Levo ela junto, brinco, faço minhas atividades, ela dorme... Eu sigo para o trabalho e ela passa o dia com a babá. Quando volto, minhas noites são com ela. Faço questão de passar as noites com a Liz. Ela dorme em uma caminha ao lado da minha e se acostumou assim. Ficou muito apegada, inclusive tem dificuldade quando precisa dormir com a babá ou a minha mãe.

Imagem: Reprodução/InstagramClique para ampliarAmamentação! (Imagem:Reprodução/Instagram)
Você tem conseguido dormir à noite?
A gente não dorme, né? Acho que é um eterno sonho do dia em que você vai dormir 6 horas seguidas e acordar desesperada achando que aconteceu algo com seu filho (risos). Quase todos os dias eu penso: será que é hoje? E nunca é! Ela ainda acorda 2 ou 3 vezes por noite. Às vezes para colocar a chupeta de volta, outras vezes quer o peito, aquela sensação de proteção. Mas eu já penso sobre desmamá-la. Sinto que não tenho mais tanto leite, é mais um afeto e aconhego. Não fiz nada muito "rígido", mas porque ainda não cheguei no meu limite. O desmame envolve tantas questões emocionais e psicológicas que vão além do leite. Cada crianças tem seu tempo, mas por enquanto tenho só observado a necessidade dela.

Você retornou ao trabalho como Yasmin, personagem de "Topíssima", nova novela da Record. Como foi esse retorno?
A novela estreou na semana passada. A expectativa não foi nem do público, foi mais um desejo de voltar a pensar a arte, fazer algo que eu gosto, de sair de casa. Você volta reabastecida! E estou me divertindo muito com a Yasmin. Ela é leve, alegre, descobre o grande segredo da novela - e tem uma carga por trás desse segredo -, mas é muito divertida, bem humorada e tem um estilo "mafiosa atrapalhada". Tem sido muito bom voltar com ela. Acho que a maternidade é tão dramática que eu estava precisando fazer algo assim. Yasmin é descomprometida, não ama ninguém, não tem filhos. Chegou em um bom momento, é bom descansar com a Yasmin.

E como você e Liz reagiram a esse retorno ao trabalho?
Não sentimos muito porque desde que ela tinha 8 meses, temos uma babá que nos ajuda durante a semana. Então, desde aquela época comecei a sair mais, fazer reuniões, cursos... Foi aos pocuos. Quando finalmente voltei ao trabalho, não senti tanto e nem ela. Ela não chora e tem confiança na babá. Fizemos essa transição de forma bem lenta e deu tudo certo!

Em paralelo, você também está produzindo uma peça de teatro com o tema maternidade, é isso?
Sim. Tive a ideia depois de ler os textos da Rafaela Carvalho no livro "60 dias de neblina" que, apesar de ser um drama, tem também muito humor. Então, pensei: "Por que não fazer disso uma peça? Dar à luz ao lado oculto da maternidade que ninguém conta". A partir daí, mergulhamos nesse processo. Já temos o texto e estamos lapidando ele. Além disso, estamos na fase de captação de patrocínio e em busca de um diretor. A ideia é encontrar alguém que tenha empatia com o tema. Afinal, é um tema bem específico e para muitas pessoas não interessa. Por isso, tem que ser alguém que queira falar disso também.