Juliana Paes se emociona ao lembrar do pai, morto há sete meses: "Meu fã número 1"
16/08/2024 11h37Fonte O Globo
Imagem: ReproduçãoJuliana Paes chora ao lembrar do pai durante o "Conversa vai, conversa vem", videocast do Globo.
Uma vez, seu Carlos Henrique roubou um pôster em tamanho natural da filha numa banca de jornal. Juliana contou essa história no "Conversa vai, conversa vem", videocast do Jornal O GLOBO. Em entrevista à jornalista Maria Fortuna, a atriz foi às lágrimas ao narrar sua tristeza ao passar o primeiro Dia dos Pais sem a figura paterna, a maior incentivadora de sua carreira.
Seu Carlos morreu há sete meses, por complicações de saúde. Juliana estava de férias em Paris e teve que voltar com a família às pressas.
— O Dia dos Pais foi muito difícil mesmo. Meu pai era o meu fã número um. Foi o cara que mais me apoiou. E sem poder, né? E queria me levar para os testes, me ajudar. Recortava jornais... Fui arrumar as roupas do meu pai depois que ele morreu e sabe o que eu achei? Um pôster de papelão em tamanho natural de uma capa de revista em que eu estava, assim, de biquíni... Ele roubou da banca de jornal! Ficou com vergonha e guardou no armário dele. Era esse tipo de pai — recorda, emocionada.
Quando observava a timidez de Juliana, o pai era o primeiro a dar força para ela se soltar.
— Eu tinha uma coisa muito tímida, cerimoniosa. E ele dizia: "Minha filha, a vida é para você nunca olhar com nariz acima, nem nunca olhar com nariz pra baixo, pra ninguém. É você de igual para igual com as pessoas". Ele me deu uma segurança... Dizia: "Você pode, você sabe". E aí, eu perdi esse negócio. Era aquela pessoa que no meio desses turbilhões que a gente passa na carreira, falava assim: "Os cães ladram e a caravana passa. Segue a sua vida, as pessoas te adoram, você é maravilhosa" Imagina perder alguém assim?
Ela se divertiu contando como ele reagia diante de seus desenhos de criança.
— Teve um desenho que pintei durante a minha adolescência, ele pegava aquilo e dizia: "Olhem, foi ela quem fez!". Como se fosse um Monet, sabe? Ele era meu amigão.
Seu Carlos também era um ótimo avô para os filhos da atriz, Pedro, de 13 anos, e Antônio, de 10.
— Ele fazia lá em casa o "dia da Baby Paes". Dizia: "Sai, pode sair que quem vai ficar com as crianças sou eu". Aí, dormia lá em casa, fazia cafofo, cabana com os meninos. Minha infância foi muito lúdica por causa do meu pai.
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