Lore Improta fala de tratamento de Neuroma de Morton para o Carnaval 2025: "Sinto muita dor"

20/02/2025 09h13


Fonte gshow

Imagem: Reprodução/InstagramLore Improta(Imagem:Reprodução/Instagram)Lore Improta

As preparações de Carnaval de Lore Improta vão além dos treinos intensos e da rotina de ensaios. A dançarina e influenciadora, musa da Viradouro, convive com Neuroma de Morton, um nódulo localizado nos nervos dos dedos do pé, que causa dores e a faz precisar de tratamentos para conseguir sambar sem dores.

Em entrevista ao gshow, a influenciadora revelou que a condição causa muitas dores e que, para atravessar a Avenida tranquilamente, inicia um protocolo de cuidados meses antes, e ainda assim convive com restrições.

"Sinto muita dor. Então influencia diretamente na quantidade de vezes que eu posso usar salto, por exemplo. Gostaria de usar muito mais, ou até mesmo passar mais tempo com eles nos pés. Acabo sempre tendo que mudar para tênis ou rasteirinha. Muitas vezes preciso mudar algumas opções de look por não poder usar salto alto por muito tempo".

O médico Marco Tulio Costa, especialista em cirurgia do pé e tornozelo e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, explica o que é essa doença e como ela se desenvolve.

"O neuroma de Morton é uma fibrose ou um espessamento de um nervo interdigital dos dedos do pé", diz.

Ele também diz que uma das maneiras de fazer o diagnóstico é a partir do histórico do paciente: pessoas que fazem muito uso de sapatos fechados e apertados e se queixam de dores.

"O neuroma surge a partir de microtrauma de repetição ao longo de muito tempo. Isso leva à fibrose do nervo ou esse espessamento do nervo. Normalmente os sintomas são de muita dor, principalmente quando o paciente usa muito sapato fechado, apertado", diz.

Salto foi vilão

É o caso de Lore, que descobriu a doença há 10 anos, quando utilizava muito salto alto em sua rotina.

"Foi na época do concurso para Balé do Faustão. No meio de um dos ensaios senti muita dor e a partir dali não parei mais de sentir. Nesse dia em específico, acho que dei uma torcida no pé, pois estava de salto alto e antes tinha o costume de dançar com tênis. Quando comecei a ter que dançar frequentemente de salto alto, entendi que havia um problema ali", lembra.

Tratamento inclui infiltrações

Lore conta que para conseguir desfilar e dançar normalmente durante o Carnaval, realiza infiltrações, bloqueios nos estímulos do nervo, para evitar as dores. Os cuidados são intensificados um mês antes dos desfiles e a intervenção pode ser reforçada alguns dias antes.

"Faço bloqueios, evito saltos e evito sapatos muito fechados que apertem a frente do pé. Vez ou outra também opto por um escalda pés, para relaxá-los".

O médico Marco Tulio Costa fala mais sobre a terapia de bloqueio: "O tratamento conservador tenta aumentar o espaço onde o neuroma está ali, para que ele não seja comprimido e a dor melhore. Pode fazer fisioterapia, pode usar algum tipo de medicação, mas é importante ajustar o tipo de calçado, principalmente com palmilhas do tipo retrocapital".

Apaixonada por dança, Lore explica que, apesar de já conviver desde 2015 com a doença, não é fácil, especialmente por ser algo crônico.

"Tento não levar isso como algo negativo na minha vida, até mesmo para não abalar meu psicológico. Busco sempre os melhores médicos para cuidarem de mim, então quando chega mais próximo ao carnaval fazemos o bloqueio. Agora, um mês antes de estar na Sapucaí, principalmente. Porque preciso estar preparada para os ensaio técnicos e todos os outros compromissos que precisarei usar sapatos mais altos", diz.

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