Lulu Santos canta toda forma de amor em show com os sucessos de sempre
30/06/2019 08h40Fonte G1
Imagem: DivulgaçãoClique para ampliar
"Muito obrigado por terem vindo sempre e hoje também". Ao cumprimentar o público que assistiu à estreia carioca do show da turnê Pra sempre na casa KM de Vantagens Hall na noite de ontem, 28 de junho, Lulu Santos mostrou que sabia com quem estava falando.
Dono de uma das maiores obras do universo pop brasileiro, tanto em termos quantitativos como qualitativos, o cantor, compositor e músico carioca se dirigiu a um público majoritariamente de meia-idade que estava lá para ouvir os sucessos de sempre.
Pouco importava se o pretexto do novo show era o lançamento do álbum de músicas inéditas, Pra sempre (2019), que Lulu pôs no mercado em 24 de maio com orgulhoso repertório em que declara amor ao modelo e analista de sistemas Clebson Teixeira. O público queria os hits.
Generoso, Lulu banqueteou esse público com farto e saboroso cardápio autoral em que todos os grandes sucessos do hitmaker em 39 anos de carreira solo foram acomodados em roteiro que abarcou cinco músicas de Pra sempre, disco em que Lulu celebra o paraíso do amor com lampejos da luminosidade pop do cancioneiro de outrora.
A estreia carioca do show Pra sempre coincidiu com o dia mundial do orgulho gay, celebrado em 28 de junho porque, nessa data, há 50 anos, levante no bar nova-iorquino Stonewall se tornou o marco da luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+.
Lulu deu o recado com sutileza, sem discurso, deixando que a música falasse por si só, mas se permitindo trocar o gênero ("ela" por "ele") para atualizar a letra da canção Tão bem (1984), feita para Scarlet Moon (1952 – 2013), musa e mulher do artista de 1978 a 2006.
Como sinalizou já na abertura do show, ao repaginar Tempos modernos (1982) na pressão dos beats eletrônicos da banda que inclui o tecladista Hiroshi Mizutani, Lulu cantou toda forma de amor com a consciência de que "nada do que foi será do jeito que já foi um dia".
Essa sentença foi dada pelo parceiro letrista Nelson Motta em versos de Como uma onda (Zen surfismo) (1982). O bolero havaiano, claro, foi devidamente incluído no roteiro do show Pra sempre em bloco praieiro que encadeou Sereia (1983) e De repente, Califórnia (1981), outros dois títulos da afinada parceria de Lulu com Nelson Motta.
É impossível resistir a qualquer show de Lulu Santos se o espectador gosta de música pop. De 1981 a 1988, o cantor e compositor apresentou lapidar cancioneiro já entranhado na memória afetiva do Brasil, com a vantagem de que o artista soube se atualizar na década seguinte, se conectando com DJs e produtores como Memê para não perder o bonde (inclusive o do funk).
Sucessos dessa fase pop eletrônica – Assim caminha a humanidade (1994), Aviso aos navegantes (1996) e o posterior Já é! (2003) – reapareceram no roteiro de Pra sempre, naturalmente aclimatados na ambiência de show criado com interlúdios climáticos e efeitos eletrônicos.
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