Marcelo Serrado sobre expor saúde mental nas redes: "Vi que não estou sozinho"

29/09/2024 20h01


Fonte Revista Quem

Imagem: Reprodução/InstagramMarcelo Serrado(Imagem:Reprodução/Instagram)Marcelo Serrado

Marcelo Serrado brinca que ver Ary Fontoura se aventurar nas redes sociais com 91 anos foi um alerta para entrar para o time de grandes atores conectados com o público. O ator de 57 anos fala a Quem sobre o processo de humanizar o artista que só a interação com os seguidores permite.

"Muito interessante, porque é um lugar perigoso, de haters e tudo, mas é muito importante ter esse contato com a nova geração. É uma coisa natural, todo mundo se rendeu. Quando comecei a falar de saúde mental, me conectei muito com o público nesse sentido. Um público que nem imaginava que tinha", disse.

O veterano das telas abriu, em maio deste ano, um relato muito pessoal, quando precisou ser medicado em um voo em viagem para a Disney, em Orlando, nos Estados Unidos, por conta de uma crise de ansiedade. "É muito bacana estar perto disso e falar disso, me sinto muito próximo das pessoas. Quando vejo uma senhora pedindo um autógrafo no aeroporto, não quer foto, quer só me dar um abraço, é uma conexão", relatou.

Marcelo sente que desce de um pedestal imposto socialmente às celebridades quando compartilha mais da sua vida e sente a troca dos fãs. "As pessoas se reconhecerem em mim de uma certa forma, não se verem tão isoladas, não coloquem a gente tão em um pedestal. Me sinto muito próximo das pessoas, também divulgar meu trabalho, uma peça, uma novela, série. Me aproximar dessas pessoas no trabalho", afirmou.

Sem pressão para números

Marcelo não demonstra preocupação com uma possível pressão sobre números influenciarem em questões profissionais hoje em dia. Isso porque alguns atores tem questionado a necessidade de engajar nas redes sociais para conseguir trabalhos.

"Acho que quem tem uma carreira sólida não se preocupa muito com isso, mas todo mundo usa a rede social até para divulgar um trabalho, é um novo tempo. Não tem como você não estar nisso. Acho que você tem que ser você, não posso inventar um personagem que não sou. Posso brincar, mas não sou esse tipo de artista, não consigo ser algo diferente que não seja eu", declarou.

Ele celebra o alcance com conteúdos marcados pela leveza e autenticidade, entre relatos de saúde mental, divulgações de trabalho e momentos divertidos com os filhos. "Alcancei um público que não imaginei que tivesse. Quando você se expõe, você tem um ônus e o bônus. Existem maneiras de você se expor e maneiras de você não expor. Me exponho mais de brincadeira ou do meu trabalho ou falando de saúde mental, nada muito além disso. Não quero ir além", comentou.

"Quando vi seis mil comentários em um post que tive uma crise de ansiedade na Disney, aquilo me aliviou, me acalentou, seis mil pessoas que passam por isso. Vi que não estou sozinho", completou.

Inspirado por estrelas

O ator ainda revelou qual foi o insight para tomar coragem de expor suas vulnerabilidades. "Pensei: Será que teria preconceito? Mas quando a Lady Gaga falando, a Simone Biles, o documentário dela foi muito importante para mim, Gabriel Medina, pensei que iria falar também. O vocalista do Imagine Dragons, vi no Rock in Rio, falou também, muito bacana, agradeceu a terapeuta dele", explicou.

"Tomo remédio todo dia, mas estou muito bem em todos os sentidos, fisicamente, mentalmente. Acho que falar também te ajuda. De uma certa maneira, você exorciza isso", concluiu.

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Tópicos: trabalho, mental, sa?de