Morre o diretor e ator Antônio Abujamra, aos 82 anos, em São Paulo
28/04/2015 15h13Fonte Ego.globo
O ator e diretor de teatro Antônio Abujamra morreu na madrugada desta terça-feira, 28, aos 82 anos, em sua casa, no bairro de Higienópolis, em São Paulo A informação foi confirmada pelo sobrinho, João Abujamra. "Ele estava ótimo ontem. Não sabemos o que aconteceu ainda. Ele não acordou", disse ele ao EGO.
Nesta manhã, um dos filhos dele, André Abujamra - o outro se chama Alê -, estava a caminho de São Paulo. Ele estava em Brasília. Até as 11h30, não tinham sido divulgados horários do velório e do enterro. "Como ele morreu em casa, precisamos resolver todas as questões burocráticas para decidirmos isso", contou o sobrinho.
André, aliás, trabalhava no meio artístico como o pai. Ele fez trilhas sonoras muito famosas como a do seriado "Castelo Rá-Tim-Bum" e também trabalha como ator. Atualmente ele está no elenco do programa "Os Experientes". No dia 17 de maio, ele lança o seu quarto álbum solo "O homem bruxa" no Auditório Ibirapuera, em São Paulo. Segundo sua assessoria, a data será mantida apesar do falecimento de Antônio. "O CD já é uma homenagem ao pai dele. Ainda não sabemos se ele vai fazer mais alguma coisa além do que estava planejado", afirma.
Abujamra apresentava o programa "Provocações" da TV Cultura. A emissora divulgou, nesta manhã, um comunicado sobre a morte do diretor. "Faleceu na manhã desta terça-feira (28/4), aos 82 anos, o apresentador do programa Provocações, da TV Cultura, Antônio Abujamra. A causa da morte ainda não foi divulgada. Abu, como era conhecido, era diretor de teatro, ator e dramaturgo. Deixa dois filhos e dois netos. As informações sobre local do velório e sepultamento serão comunicadas no decorrer do dia".
Antonio Abujamra era conhecido por sua irreverência e humor crítico. Foi um dos principais diretores da TV Tupi e ficou famoso entre o público por seu papel na novela “Que Rei sou Eu”, da Globo, de 1989. Também participou de "Cortina de Vidro" (SBT, 1989), "Amazônia" (Manchete, 1992), "Andando nas Nuvens" (Globo, 1999) e "Terra Nostra" (Globo, 1999), entre outras. Seu último papel em novelas foi em 2011, em "Corações Feridos", do SBT, e no cinema ocorreu em 2012, em "Brichos 2 - A Floresta é Nossa".
No entanto, foi no teatro que ele fez sua história. Em 1967, quando cursava a faculdade de jornalismo na PUC, ele começou como crítico teatral. Mas logo se envolveu na montagem e direção das peças da faculdade. A sua estreia profissionalmente foi em 1962 dirigindo "Raízes", de Arnold Wesker.
Em 1963, ele funda o Grupo Decisão com Antônio Ghigonrtto e Emílio Di Biasi, com a intenção de fazer um teatro político, influenciado por Bertold Brecht. Também trabalhou com Nicette Bruno e Paulo Goulart no Teatro Livre. Em 1980, dedicou-se a recuperar o "Teatro Brasileiro de Comédia", em um movimento que acaba lançando grandes nomes, como Millôr Fernandes.
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