Presa em SP, ex-bailarina do Faustão havia sido detida durante a pandemia

21/11/2024 09h41


Fonte G1

Imagem: DivulgaçãoNatacha Horana tem mais de 1 milhão de seguidores no Instagram.(Imagem:Divulgação)Natacha Horana tem mais de 1 milhão de seguidores no Instagram.

A influenciadora Natacha Horana, presa em São Paulo, já havia sido detida em 2020, durante a pandemia de Covid-19, em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina. Com 33 anos, a ex-bailarina do Domingão do Faustão teria participado, em julho de 2020, de uma festa ilegal durante a vigência de normas para frear o avanço da doença.

À época, a Guarda Municipal da cidade informou que Natacha foi detida por desacato e por resistir à fiscalização. Conforme o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), o termo circunstanciado sobre o caso foi arquivado.

Sobre a prisão mais recente, a defesa da bailarina disse que ela "acabou sendo injustamente envolvida em investigação apenas porque, anos atrás, acabou conhecendo uma das pessoas investigadas" (nota mais abaixo). Em relação ao caso de 2020 a defesa não respondeu.

Em 2021, ela ingressou com ação por danos morais contra a prefeitura e, em 12 de novembro deste ano, a Justiça condenou o município catarinense a indenizá-la em R$ 20 mil. Ao g1, a prefeitura informou que não iria comentar o caso.

Caso em Balneário Camboriú

Quando foi detida, conforme o registro na polícia, Natacha teria intimidado os fiscais e os impedido de, junto com guardas, fazer as filmagens necessárias para a confirmação do descumprimento de ordem municipal de proibição de festas para evitar aglomeração e conter o avanço do coronavírus.

No processo, conforme as informações que constam no processo e no qual o g1 teve acesso, a defesa da influenciadora disse que os guardas entraram no apartamento em que ela estava e exigiram entrar ao quarto em que estava descansando, e que um fiscal da prefeitura ingressou no quarto, iniciou uma filmagem sem o consentimento dela e que dois guardas a imobilizaram e algemaram, com o uso desproporcional de força e agressividade.

A defesa dela também afirmou que as imagens da ocorrência, especialmente aquelas extraídas de dentro do apartamento teriam sido vazadas pelos agentes públicos e divulgadas indevidamente em jornais e sites de fofocas.

No processo, Natacha pediu indenização por danos morais no valor inicial de R$ 75 mil. A Justiça considerou parcialmente procedente e condenou o município ao pagamento de indenização por danos morais por conta da divulgação indevida de imagens.

Prisão em São Paulo

Além da prisão da bailarina, que é natural de Jundiaí (SP), foram apreendidos quatro celulares, um notebook, duas câmeras fotográficas, dois relógios, um colar, um HD externo e diversos documentos, além de R$ 119.650,00 em espécie.

Um veículo de luxo também foi apreendido. De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado como captura de procurado e cumprimento de mandado de busca e apreensão.

Segundo a Revista Quem e O Globo, a prisão da mulher ocorreu por suspeita de prática de lavagem de dinheiro e envolvimento com organização criminosa. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) não informou o motivo da prisão de Natacha.

Caso no STF

No Supremo Tribunal Federal (STF) há uma ação contra decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte. A ação tramita desde 15 de novembro e foi distribuída para o ministro Edson Fachin. Até o fim de quarta (20), não havia decisão no caso.

O que disse a defesa

“A defesa da modelo e bailarina Natacha Horana Silva esclarece que, de forma abusiva e injustificada, ela acabou sendo injustamente envolvida em investigação apenas porque, anos atrás, acabou conhecendo uma das pessoas investigadas.

Conforme se demonstrou no processo, sua menção e prisão foi um equívoco porque ela jamais praticou qualquer ato ilícito, direto, indireto ou colaborativo. E diante disso, e principalmente pela inexistência de indícios de seu envolvimento e motivos para a continuidade dessa medida, aguarda-se o exame de pedidos feitos visando o imediato restabelecimento de sua liberdade e dignidade. São Paulo, 19 de novembro de 2024″.


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Tópicos: bailarina, detida, caso