Samara Felippo fala sobre preconceito racial sofrido pela filha: "Não tenho tolerância com racistas"

01/11/2024 09h01


Fonte gshow

Se para algumas pessoas é muito difícil colocar para fora aquilo que vai na mente e no coração, para outras esse processo não só é mais simples, mas também libertador. Samara Felippo sabe bem o que é estar no segundo grupo, desde que resolveu se posicionar sobre questões que a afligem.

Um dos assuntos debatidos pela atriz é o peso da maternidade solo, o que está bem longe de significar falta de amor pelas filhas, Alícia e Lara, que têm 15 e 11 anos, respectivamente, e são frutos da antiga relação com o ex-jogador de basquete Leandrinho Barbosa. "Com o tempo, aprendi a me vulnerabilizar e a pedir ajuda", pontua, em entrevista ao gshow.
Imagem: InstagramSamara Felippo com as filhas, Alícia e Lara.(Imagem:Instagram)Samara Felippo com as filhas, Alícia e Lara.

Há resistência em relação a querer ouvir. Dói. Amam esse pai e não estou aqui para alienar nada. Quero que amem mesmo. Mas eu, como a sobrecarregada, cansada, com um monte de coisas, já chorei. É muito importante que elas entendam meu rolê, jamais fazendo com que fiquem contra o pai delas ou falando mal dele. Toda vez que acho que exagero, volto atrás".
— Samara Felippo

Mãe coruja

Foi a lucidez que a fez acolher a primogênita quando a adolescente quis voltar ao Brasil após três meses morando com o pai em Sacramento, nos Estados Unidos. Lá, ele atua como auxiliar técnico do time de basquete Sacramento Kings e vive com a atual mulher, a modelo Talita Rocca, com quem tem duas filhas, as pequenas Isabela e Júlia.
Imagem: InstagramSamara Felippo com as filhas, Lara e Alícia.(Imagem:Instagram)Samara Felippo com as filhas, Lara e Alícia.

"Ela foi para ficar ao menos seis meses, mas quando começaram a surgir os telefonemas chorando, sofrendo, entendi que era uma escolha da Alícia. Não culpo ninguém. Tem o lance da madrasta, que antes de ter filho conseguia dedicar atenção somente a ela. É preciso ter consciência que fica mais difícil para ela se desdobrar", pondera Samara, em tom conciliador, afastando qualquer indício de competitividade feminina da conversa.

Não ao racismo!

O tom afável fica para trás quando o assunto é racismo. No fim de abril, a artista veio a publico denunciar que a primogênita foi vítima de preconceito racial no colégio de classe média alta no qual estuda, em São Paulo. "Arrancaram todas as páginas de um trabalho que ela fez com muito capricho e dentro do caderno tinha uma frase de cunho racista gravíssima", contou Samara ao Fantástico, na ocasião.

Consciente que as filhas, infelizmente, estão expostas a situações racistas, o que mais incomodou Samara no episódio foi a omissão da escola diante do fato. "É preciso fortalecer essas meninas e meninos, reconhecendo que racismo existe, sem a falácia maior de somos todos iguais. Minha filha nunca vai esquecer o que aconteceu".
Imagem: InstagramSamara Felippo com as filhas Alícia e Lara.(Imagem:Instagram)Samara Felippo com as filhas Alícia e Lara.

A atriz esclarece que é contrária a linchamentos públicos. Ela queria apenas a expulsão das meninas que foram racistas, até mesmo por ver nisso uma chance para das jovens se conscientizarem do mal que fizeram e, quem sabe, futuramente, se engajarem na luta antirracista.

Com o fim do ano letivo se aproximando, Samara decidiu manter Alícia no colégio para não prejudicar o desempenho escolar da jovem, que está no nono ano do Ensino Fundamental.

Estou na Justiça contra os pais e a escola. Fiz tudo o que deveria e vou continuar agindo, denunciarei se acontecer de novo, farei B.O. e, se tiver que ir ao Fantástico novamente, irei, sim! Quanto mais denunciarem, mais conseguimos lutar contra o racismo. Não tenho tolerância com racistas!". — Samara Felippo
Imagem: InstagramSamara Felippo com as filhas, Alícia e Lara.(Imagem: Instagram)Samara Felippo com as filhas, Alícia e Lara.

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Tópicos: filhas, samara, racistas