Viih Tube: "Hoje sou forte porque já vi o fundo do poço"

26/06/2021 15h30


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoViih Tube: Viih Tube: "Hoje sou forte porque já vi o fundo do poço"

Viih Tube está curtindo um resort em Goiânia onde pretende passar um período com a família, longe (se possível) das redes sociais. Há quase dez anos trabalhando com internet e depois de três meses confinada no Big Brother Brasil 21, a influenciadora e agora ex-BBB tem alternado muito trabalho com períodos offline. “A agenda está lotada, sou viciada em trabalhar, então gosto assim. Quando sinto que preciso trabalhar menos, tiro um fim de semana, faço uma viagem, fico com a família. Se não estou bem, conto tudo (nas redes sociais). Viver exposto é isso mesmo, mexe com a saúde mental, desnorteia, mas eles (os seguidores) sabem de tudo”, diz ela, em conversa com Marie Claire.

Aos 20 anos, Viih está na internet desde os 13 e acumula 30 milhões de seguidores e inscritos em suas redes. Boa parte já estava lá antes do BBB. “A vida já era bem corrida, nunca estive parada, depois do BBB meu dia a dia não mudou tanto, mas agora é engraçado porque homens e avós me reconhecem na rua, e antes eram só as mulheres. Ganhei um público que não tinha”. No YouTube, Viih produz e protagoniza webséries com mais de um bilhão de visualizações.

Além de público, o reality trouxe ainda mais exposição. “Já passei por tanta coisa que nada me assusta”. Os três meses no BBB, ela diz, foram o maior tempo offline. “Adorei, estava precisando olhar para o lado, ver a vida. Quero esse equilíbrio da vida virtual e real”. Viih foi eliminada com rejeição de 96,69% do público. “Foi um susto, mas não foi difícil lidar porque na minha vida os haters não são de hoje. Não me atinge mais. Sou chata, irritante, calculista, mas sou muitas outras coisas também. Fui muito sincera. Meu maior medo era como a minha família me veria lá dentro, se me entenderiam. Eles sabem como sou, mas tiveram muitas fake news.”

Entre os milhões de seguidores, há, de fato, muitos haters. E muitos deles criticaram Viih por aparecer com sua nova aquisição: Um porsche. Ela postou uma foto do carro e brincou: “Eu sou o velho da lancha”, fazendo graça com homens e seus “brinquedos” próprios para ostentação. “Eu nem quis ostentar, compartilhei uma conquista minha. Não sou apegada a carro, mas gostei. Não foi fácil conseguir, fiz todos os corres sozinha. Tenho orgulho da minha trajetória e do que eu conquisto. Se fosse um homem com um carrão não iam falar nada.”

As manifestações de ódio, Viih garante, não a atingem. “As pessoas estão tristes e descontando a raiva na internet. Tem a ver com a pandemia, com a situação do Brasil, a vacina. Xingar não torna ninguém melhor”, diz. Também não teme a cultura do cancelamento. “Todo mundo é cancelado em algum momento da vida. Todo mundo faz algo de errado, só que quando eu faço, todo mundo vê. Acho melhor aceitar e tentar tirar algum proveito, mas as pessoas precisam saber que o cancelamento só pune e machuca”.

Viih diz ter conversado com com os outros participantes do BBB, principalmente os que entraram na casa anônimos, sobre o que encontrariam na web. “Falei com todos sobre isso, e avisei que a cabeça precisa estar no lugar para enfrentar. Quem trabalha com internet precisa estar pronto para tudo.” Em sua jornada vigiada por internautas e espectadores há arrependimentos? “Se eu disser que não, vou estar mentindo. Errei muito, mas se não fosse assim não seria tão forte. Não teria aprendido e não teria a estrutura que tenho hoje. Tudo faz parte e fiz muita terapia para ver assim, para entender que tudo o que a gente passa é parte de quem a gente é.”

A terapia entrou na vida de Viih em uma fase delicada. “Já cheguei ao ponto de não só querer desistir da carreira, como da vida também. Foram momentos muito complicados. Sou forte hoje porque já vi o fundo do poço, e desde então só subi. Jamais voltarei para esse ponto de novo, é uma construção de muitos anos”.

“Muita gente não sabe o que é cuidar da saúde mental. Comecei a falar sobre o assunto quando entendi o que se passava na minha cabeça. Desabafar faz bem e ajuda quem se sente como você. Teria me ajudado muito ver lá em 2015 alguém falando sobre isso. Eu teria me salvado muito mais rápido. Eu procuro acolher como eu queria que tivesse sido comigo.”

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