Viviane Araujo chega aos 50 anos vivendo sua melhor fase na vida e no Carnaval

11/02/2025 09h50


Fonte gshow

Se o Carnaval do Rio de Janeiro tivesse uma personificação, ela provavelmente atenderia pelo nome de Viviane Araujo. Afinal, dos seus 50 anos de idade - que serão completados no próximo dia 25 de março -, 30 deles a musa passou desfilando na Marquês de Sapucaí, tendo feito sua estreia em 1995, como destaque da Beija-Flor de Nilópolis.

Além dessa, Vivi também representou escolas como Unidos da Tijuca, Mangueira e Império Serrano, até se encontrar como rainha de bateria do Salgueiro, onde já reina há 18 anos. Ao longo dos anos, Vivi conquistou um espaço que transcende a avenida e a bateria, se jogando na carreira de atriz - ela está no ar como Rosana Bacelar, em "Volta por Cima".

A vida pessoal não fica pra trás. Em setembro de 2022, Vivi deu à luz seu filho, Joaquim, fruto do casamento com o empresário Guilherme Militão. Com isso tudo acontecendo, dá pra dizer que Viviane vive sua melhor fase?

Nessa entrevista para o gshow, acompanhada de um ensaio exclusivo, a atriz garante que sim!
Imagem: gshow/Vinícius MochizukiViviane Araujo(Imagem:gshow/Vini?cius Mochizuki)Viviane Araujo

Fazer 50 anos de vida é algo muito significativo. E o mais importante: estar numa fase tão boa da minha vida. Tenho muitos motivos para celebrar e estar bem, estar feliz."

Não acho que tenho motivos para ter crise [risos]. Mas essa questão da idade assusta um pouco. Você pensa: Caraca, vou viver mais quanto tempo?. Mas, hoje, tudo que eu penso é no meu filho. Quero estar com saúde para poder vê-lo crescer."

Além do orgulho de toda mãe em ver o filho crescer, Vivi quer poder apresentar a paixão pelo Carnaval a Joaquim. Ela diz como imagina esse momento:

Quero que meu filho veja, quero que ele entenda o que eu sinto ali. Quero que ele veja, que ele sinta, que ele diga: Caraca, mamãe é foda!."

Ao falar das agremiações que representa, a musa adiciona outro componente: devoção. É assim que ele descreve o sentimento que nutre pelas comunidades do Salgueiro, no Rio, e da Mancha Verde, em São Paulo, e da qual faz parte há 20 anos: "A Mancha é família. A Duda, que desfila comigo hoje, tem 20 anos. Eu cheguei lá quando ela ainda estava na barriga da mãe. São coisas que não têm preço – isso é paixão!"

"Para mim, é uma devoção total, sempre foi. Bastante do que sou hoje, na minha carreira, na minha vida, veio do Carnaval."

30 anos de carnaval

Em 30 anos de Carnaval, Vivi explica que teve muito mais altos do que baixos e celebra tudo o que viveu, até quando perdeu um posto de rainha de bateria um mês antes do carnaval. Mas, segundo ela, seu melhor momento foi na sua chegada ao Salgueiro, onde está há 18 anos.

"Chegar lá, sem saber como seria… Tem o acolhimento de algumas pessoas, mas você sabe que não tem 100%. E você ali conseguindo conquistar o respeito e o carinho daquela agremiação. Fui aos poucos, conquistando um, conquistando outro, com o meu jeito de ser. Fui recebida maravilhosamente bem. Mas para algumas pessoas era tipo ah, é só mais uma. Hoje sei que essas pessoas me amam, de verdade", diz Vivi, emocionada.

Viviane está na 30ª temporada de uma história que começou ainda na juventude, em 1995, quando ia para a concentração do pai, Jocenir: "Eu desfilava no carro; era eu comigo mesma. Meu pai me deixava lá, eu subia no carro, desfilava. E depois meu pai me pegava na dispersão. Era uma loucura! E hoje estou aqui", conta, emocionada.

A presença magnética, o carisma e o samba no pé fizeram Vivi se tornar um símbolo do Carnaval carioca, em um meio onde as mulheres, historicamente, são notadas por sua beleza e corpos exuberantes. Para Viviane, no entanto, o Carnaval sempre foi muito mais do que isso.

Símbolo sexual

"As mulheres no Carnaval são vistas como símbolos sexuais. Mas acho que consegui, de verdade, ter um posicionamento bacana, com respeito", reflete. "É um meio em que você está sempre muito exposta – com o seu corpo exposto –, mas, ao mesmo tempo, sabendo a posição que você ocupa, impondo-se nela e mantendo tudo de forma digna. Eu me orgulho muito disso."

Mulher bonita, um monte aparece no Carnaval. E faz parte da festa – que é para todo mundo. Mas, pra mim, é muito além disso. É muito além de estar ali só de biquíni sambando."

Realizada na maternidade

Viviane Araujo foi mãe aos 47 anos, em uma gravidez considerada tardia, mas que ela acredita que veio no momento certo.

"Não era para ter sido mesmo. Hoje, tendo vivido tantas coisas e tendo essa maturidade, entendimento de várias questões da vida, consigo lidar até melhor com a pressão. E, sinceramente, a maturidade é magnífica. Aos 20 anos não adianta, não se sabe de tudo", diz ela.

Vivi fala de si e do marido, Guilherme Militão, a quem elogia como parceiro na vida e nos cuidados com Joaquim: "A gente se encontrou em um momento em que tinha que ser, e foi lindo. Em menos de um ano a gente se casou, tivemos nosso filho e agora vamos fazer cinco anos de casados."

"Ele é meu parceiro mesmo; é um homem que, quando entrou na minha vida, eu falei: Não tenho tempo a perder. Depois que chegamos aos 40, realmente não temos mais tempo a perder com nada, né? Eu abri o jogo."

Etarismo

Agora, perto dos 50, a musa reflete sobre etarismo. E quando se trata de Carnaval, esse preconceito com a idade muitas vezes se manifesta como cobrança e pressão estética:

Ah, já tá velha, ah, já tá cansada – eu ouço isso, e é foda. Os comentários me chateiam na hora, mas depois eu digo: Olha o que eu sou, olha o que eu estou fazendo. Não, não pode ser. Essa pessoa está errada. O que importa mesmo é que me sinto bem, estou feliz. Nada vai chegar e me jogar para baixo".

"Quando me perguntam quando você vai parar?, eu respondo: Só vou parar quando eu decidir, não quando alguém me disser que é a hora."

Com sede por novos desafios, Vivi admite que uma de suas maiores preocupações é em relação à sua profissão como atriz: "Acho que já conquistei meu espaço, devagar, mas conquistei. Agora, quero diversificar meu trabalho dentro da minha profissão. Não quero apenas interpretar personagens que sigam um determinado padrão. Quero fazer algo totalmente diferente de mim, nada a ver comigo."

"Quero ter mais oportunidades para mostrar o que posso fazer como atriz. Tudo que me permita mostrar meu talento."


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Tópicos: vida, carnaval, viviane