Cortes no Orçamento de 2011 suspendem nomeações e concursos

10/02/2011 12h00

Fonte Com informações da Agência Senado

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciou que estão suspensas todas as nomeações dos aprovados em concursos públicos federais. Informou ainda que o governo não deve permitir novos seleções este ano. As medidas fazem parte do pacote de ajuste dos gastos do governo anunciado na tarde desta quarta-feira (9/2) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Ao explicar a suspensão de contratações, Miriam Belchior disse que as exceções serão analisadas com rigor. "Serão analisados caso a caso. Novas contratações serão olhadas com lupa", disse. O mesmo critério vale para proibição de novos concursos. "Se não vou nomear quem já está aprovado, não vai haver concursos novos", emendou a ministra.

Relatório

A ministra disse ainda que vai solicitar a todos os órgãos públicos federais que estão pleiteando nomeações e concursos um relatório com as justificativas para as novas contratações. A análise será minunciosa. Devem ser liberados apenas os pedidos considerados essenciais.

Com isso, candidatos aprovados nas seleções dos ministérios do Turismo, Cidades e Embratur - entre outros pendentes de nomeação - devem esperar um pouco mais para ingressar no serviço público.

A medida alcança todos os poderes. Dessa forma, outros concursos visados pelos concurseiros, como o do Senado Federal, podem ser afetados. Os processos de convocações de candidatos que já foram iniciados não serão interrompidos.

Passageira

Para o diretor do Gran Cursos, professor Wilson Granjeiro, o congelamento dos concursos não deve se estender até o fim do ano. "Devem suspender apenas umas nomeações previstas para o primeiro semestre. Todo ano tem isso, basta surgir alguma crise. Mas não adianta suspender as nomeações por muito tempo, senão a máquina (pública) para. É preciso substituir os terceirizados e os aposentados", justificou.

Segundo ele, a medida não vai prejudicar os candidatos que se preparam para conquistar a tão sonhada vaga na administração pública. "O concurseiro já tem a mentalidade que não precisa esperar edital para estudar. Alguns têm a mentalidade de torcer para que não saia para ter mais tempo para se preparar", concluiu.

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