133 anos de Picos: família mantém museu particular há meio século com lamparina de 2 mil anos

12/12/2023 17h00


Fonte G1 PI

Imagem: TV ClubeFamília mantém museu particular há 55 anos em Picos.(Imagem:TV Clube)Família mantém museu particular há 55 anos em Picos.

Há 55 anos, o jurista Ozildo Albano decidiu fazer da própria casa um museu. Coletou objetos da família, como roupas, documentos, moedas e utensílios domésticos, mas a coleção ampliou-se para, basicamente, "tudo":

"Nosso museu guarda um pouco de tudo. Temos armas e cédulas, mas também fósseis, arte sacra, objetos arqueológicos e os documentos, que são as peças mais importantes", explicou Albano Silva, irmão do fundador do museu.

O Museu Ozildo Albano fica na praça Josino Ferreira, em Picos, no Piauí. O lugar foi fundado em 1968, e é administrado pela família, principalmente por Albano Silva, irmão de Ozildo. Hoje, é considerado um dos maiores museus particulares do Brasil.
Imagem: TV ClubeFamília mantém museu particular há 55 anos em Picos.(Imagem:TV Clube)Família mantém museu particular há 55 anos em Picos.

A coleção começou com objetos comuns, utensílios domésticos que hoje deixam os jovens confusos, como máquinas de escrever, registradoras, discos de vinil, imagens sacras e fotografias antigas.

Nos anos seguintes, o museu passou a receber doações e ampliar: há fósseis de peixes e crustáceos, utensílios pré-históricos indígenas, fardas militares e documentos históricos.
Imagem: TV ClubeFamília mantém museu particular há 55 anos em Picos.(Imagem:TV Clube)Família mantém museu particular há 55 anos em Picos.

O museu é ainda traz uma viagem pela história do Piauí e de Picos, com documentos raros com centenas de anos. "Temos documentos sobre a batalha do Jenipapo, a revolta Balaiada, documentos e cartas tratando de escravizados", enumerou Albano.

Lamparina de 2 mil anos
Imagem: TV ClubeLamparina foi encontrada nas Catacumbas de São Calixto, local que foi usado como esconderijo de cristão, que na época eram perseguidos pelo impedor romano Nero. (Imagem:TV Clube)Lamparina foi encontrada nas Catacumbas de São Calixto, local que foi usado como esconderijo de cristão, que na época eram perseguidos pelo impedor romano Nero. 

A peça mais antiga com documento de comprovação do acervo do museu é uma pequena lamparina a azeite, data do 1º século da era cristão, quase 2 mil anos atrás.

A lamparina foi coletada em Roma, por um dos irmãos de Ozildo. Segundo Albano, a lamparina foi encontrada nas Catacumbas de São Calixto, local que foi usado como esconderijo de cristão, que na época eram perseguidos pelo impedor romano Nero.

"Meu irmão estava na Itália nessa época, e notaram o interesse dele. Por isso fizeram essa doação para nosso museu, com uma foto do local onde foi encontrada", comentou o curador.

 

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Tópicos: documentos, museu, lamparina