Anitta e Ludmilla completam dez anos de carreira com visibilidade e poder além do circuito do funk
13/07/2022 11h15Fonte G1
Imagem: Reprodução
Convidada para abrir os shows que o cantor colombiano J. Balvin fará no Brasil em outubro, Anitta acaba de entrar para o Guiness world records por ter sido a primeira artista latina a alcançar, com gravação solo, o topo da parada mundial da plataforma Spotify – proeza acontecida em 24 de março com a chegada do reggaeton Envolver (Anitta, Julio M Gonzales Tavarez, Freddy Montalvoe e José Carlos Cruz, 2021) ao primeiro lugar do ranking global da plataforma.Convidada pela cantora espanhola Rosalía para participar do show da Motomami world tour na passagem da turnê mundial pelo Brasil, em agosto, Ludmilla acaba de reunir 30 mil pessoas em apresentação do show de pagode da turnê Numanice em Salvador (BA) no último sábado, 9 de julho.
Tais feitos recentes exemplificam a visibilidade e o poder alcançados por Anitta e Ludmilla além do circuito do funk, onde as duas cantoras e compositoras emergiram há uma década. Sim, tanto Anitta como Ludmilla lançaram os respectivos primeiros singles em 2012 e, por isso mesmo, completam dez anos de carreira fonográfica em 2022.
Rebatizada como Anitta pelo DJ Batutinha em 2010, a carioca Larissa de Macedo Machado – nascida em 30 de março de 1993 – começou a deixar de ser mais uma na multidão do circuito dos bailes funks quando, em março de 2012, jogou na rede a gravação de música inédita de lavra própria, Menina má. O resto é uma história que ainda está longe do fim.
Já Ludmilla Oliveira da Silva – artista fluminense nascida em 24 de abril de 1995 em Duque de Caxias (RJ), município da Baixada Fluminense (RJ) – deu passo decisivo quando, em maio de 2012, quando ainda se apresentava como MC Beyoncé, decidiu apostar na música Fala mal de mim, parceria da artista com o empresário e cantor conhecido como MC Roba Cena. Começou ali outra bela história sem data para terminar.
Em 2012, ninguém acreditaria se alguém previsse que, dez anos depois, Anitta e Ludmilla teriam feito gravações com artistas de alcance planetário como a cantora Madonna e a rapper Cardi B, entre tantas outras proezas dentro e fora do Brasil.
Anitta e Ludmilla são as vozes de duas pessoas vitoriosas que, egressas do mesmo universo do funk, gênero musical ainda marginalizado pelas elites culturais da sociedade brasileira, transcenderam o mundo dos bailes sem nunca deixar de valorizar o funk e o universo de onde vieram, o que as torna ainda mais incômodas aos olhos e ouvidos dessas elites.
Por preconceito, há muita gente que ainda insiste em minimizar – ou mesmo ignorar – as muitas conquistas das duas artistas ao longo desses dez anos. Mas o fato é que tanto Anitta como Ludmilla são vozes que se fazem ouvir em todo o Brasil e, como tal, ambas já têm importância que transcende o universo da música. Não por acaso, a declaração do voto de Anitta nas próximas eleições presidenciais virou assunto na mídia.
Anitta e Ludmilla têm vozes ativas. São duas mulheres poderosas que viraram o jogo a favor delas, driblando o machismo vigente no mundo do funk e na indústria do disco – território historicamente dominado por homens desde que o samba é samba.
Improváveis diante do preconceito social que rege o Brasil, as trajetórias vitoriosas de Anitta e Ludmilla embaralham as cartas de um jogo até então quase sempre marcado.
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