Aos 70 anos, ritmista carioca Índio da Cuíca se apresenta como compositor no primeiro álbum solo
06/05/2021 18h29Fonte G1
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Nascido com o nome de Francisco em 5 de maio de 1951, no Morro do Borel, situado em comunidade da Tijuca, bairro da zona norte da cidade do Rio de Janeiro (RJ), o ritmista Índio da Cuíca festeja 70 anos de vida com a edição do primeiro álbum solo, Malandro cinco estrelas.Disponível nos aplicativos de música desde segunda-feira, 4 de maio, através do selo QTV, o disco Malandro cinco estrelas apresenta Índio da Cuíca como cantor, compositor e, claro, músico vivaz no toque do violão e de vários instrumentos de percussão.
Além de cantar parte das dez músicas alinhadas no repertório autoral (todas compostas solitariamente pelo artista, sem parceiros), Índio toca cuíca, violão, pandeiro, berimbau, reco-reco e cavaquinho no álbum gravado entre 6 e 9 de janeiro de 2020, no Audio Rebel, com direção musical e arranjos divididos entre o violonista Gabriel de Aquino e Paulinho Bicolor.
Com capa que expõe Índio da Cuíca no traço de Shirley Oliveira, o álbum Malandro cinco estrelas concilia músicas cantadas e temas instrumentais criados para solos de cuíca.
O leque rítmico do disco se abre para samba (A cuíca chora, Cuíca malandra / Cuíca encantada e Sonho realizado), calango (Stribinaite camufraite oraite), bolero (Shirley), tema de capoeira (Jogo de malandro), funk (Baile do bambu) e peça de religião afro-brasileira (Medley de Ogum).
Filho do sambista Manoel, um dos primeiros integrantes da agremiação carnavalesca Unidos da Tijuca, Índio começou a tocar instrumentos de percussão ainda na infância.
Aos 14 anos, já hábil no toque da cuíca, se tornou músico profissional, tendo feito parte posteriormente do conjunto Corda K Samba e da banda Brasil Ritmo antes de rodar o Brasil e o mundo tocando com artistas como Alcione, Dicró (1946 – 2012), Haroldo Costa, Jair Rodrigues (1939 – 2014) e Joãozinho Trinta (1933 – 2011).
Como integrante da banda Brasil Ritmo, Índio da Cuíca chegou a gravar disco em 1972. Mas o primeiro álbum solo deste artista – cuja vitalidade é evocativa da figura dos honestos malandros cariocas que povoam os subúrbios da cidade do Rio de Janeiro (RJ) no lendário imaginário nacional – somente veio ao mundo neste mês de maio de 2021, a tempo de celebrar os 70 anos de Índio da Cuíca.
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