Aurora

08/11/2019 10h40


Fonte Cesar de Paula

Noites silenciosas de demiurgo breu.
Herdadas alegorias de conchegos ternos,
Adornando sendas no que sobreviveu,
Sorvendo lábios cabais sempiternos.

São difusos os caminhos que extasiam,
Com encruzilhadas de coragens arfantes;
Idílicas aos fortes que manifestam
Em cumes ausentes, tons uivantes.

Tal qual inseto que cava sondando
No recato lúcido das mornas entranhas,
Ávida bravura em mundo devassando.

Suspirantes e decisivamente estranhas,
Compassivas, e fugazmente sonhando
O acasalar cálido feliz, - sem artimanhas.

Tópicos: aurora, noite, sonhos