Autorizado a captar quase R$ 1 milhão para DVD, Eduardo Costa já criticou Lei Rouanet
25/10/2023 15h18Fonte O Globo
Imagem: Reprodução/InstagramEduardo Costa é cantor sertanejo.
O cantor sertanejo Eduardo Costa foi autorizado a captar R$ 996,5 mil até dezembro, via Lei Rouanet, para gravar um DVD com uma orquestra de violões, violas e instrumentos de sopro em homenagem à música tradicional de Minas Gerais. No passado, o bolsonarista chegou a dizer que a lei de incentivo à cultura servia a artista, atores e jornalistas "safados" que, segundo ele, queriam "mamar nas tetas" do governo federal.
— Quem quiser ganhar dinheiro agora, vai caçar um serviço. vai capinar um lote, vai bater uma laje, vai caçar o que fazer. Acabou a mamata, a safadeza. Dinheiro de Lei Rouanet nunca mais — afirmou ele, durante campanha para o então candidato Jair Bolsonaro. — Esses artistas, atores, bando de jornalista safado que fica querendo mamar nas tetas do governo, acabou a mamata, a safadeza.
As informações foram reveladas pelo jornal "Metrópoles" e confirmadas pelo GLOBO pelo portal de transparência da Rouanet, que expõe o status da proposta como "encaminhado para inclusão em portaria de autorização para captação de recursos".
Quem é o proponente responsável pela captação?
A empresa Churrasco, Cerveja e Viola, a C.C.V. Eventos, foi a proponente do projeto, intitulado "Eduardo Costa – O instrumentista e as modas de violas de Minas". A companhia pertence a Leandro Restino de Souza Porto, sócio de Edson Vander da Costa Batista, o Eduardo Costa, em outra empresa. Um documento com a anuência do cantor foi anexado à proposta.
O proponente ressalta que o objetivo da produção é "a gravação de um DVD com canções caipiras em homenagem à música de raiz sertaneja, que tradicionalmente se tornou um símbolo da vida cotidiana do homem do campo, dos tropeiros e faz parte de uma rica história contada em versos e prosas no estado de Minas Gerais". O repertório será escolhido após a captação, diz o projeto.
A ideia é gravar o DVD em dois shows em Belo Horizonte e, ao fim das etapas de mixagem e masterização, realizar a "distribuição em bibliotecas públicas de Belo Horizonte e cidades da região metropolitana e atender aos apreciadores da música sertaneja raiz que é ao mesmo tempo um público da terceira idade e ao mesmo tempo um número expressivo de jovens que têm como referência a mineiridade das canções caipiras e suas diversas histórias", segundo a proposta.
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