Bandolinista Afonso Machado relata memórias do Galo Preto em livro sobre grupo carioca de choro
10/09/2022 12h14Fonte G1
Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarBandolinista Afonso Machado relata memórias do Galo Preto em livro sobre grupo carioca de choro
Seguidores do Galo Preto desde que o grupo carioca de choro entrou em cena em 11 de julho de 1975, ainda sem nome, identificarão de imediato a imagem estampada na capa do livro Memórias do Galo Preto (2022), recém-lançado pela editora Outras Letras.
Trata-se da imagem criada pelo artista visual Mario Cafiero para a capa do primeiro álbum do conjunto de música instrumental, Galo Preto, lançado em 1978.
Escrito pelo bandolinista, arranjador e compositor carioca Afonso Machado, fundador do Galo Preto, o livro é composto por quatro grandes tópicos de títulos autoexplicativos – Memórias, Fotos, Discografia e Partituras – que documentam a trajetória e a obra desse conjunto que começou a se agrupar nos saraus promovidos pelo violonista amador Raul Machado, pai de Afonso, jovem da zona sul carioca que, desafiando o império da música norte-americana nas rádios naquela época, se interessou pelo choro ao ouvir Jacob do Bandolim (1918 – 1969).
A partir da semente espalhada pelo Doutor Raul (como Afonso se refere ao pai no livro), Machado fundou o Galo Preto com os músicos Alexandre Paiva (cavaquinho), Camilo Attie (pandeiro), José Maria Braga (flauta), José Maria Braga (flauta), Luis Otávio Braga (violão de sete cordas), Mauro Rocha (violão) e Reynaldo Santos (caixeta e afoxé).
A criação do grupo se insere dentro de movimento de renovação do choro que gerou conjuntos como Os Carioquinhas no Rio de Janeiro, na segunda metade da década de 1970.
No livro Memórias do Galo Preto, Afonso Machado faz relato sucinto – com texto de escrita simples, pautada pela objetividade – da caminhada desse grupo que, num primeiro momento, teve o caminho profissional cruzado com o de Cartola (1908 – 1980) e, mais tarde, com o de Elton Medeiros (1930 – 2019).
Afonso Machado puxa o fio da memória – respaldada no livro pelas reproduções parciais ou integrais de reportagens e críticas de discos e shows do grupo – e discorre sobre cada álbum do Galo Preto, entre um causo e outro sobre a convivência dos músicos nos bastidores.
Sem dar nomes, Afonso conta que havia o integrante do Galo Preto que roncava demais, o que comia demais – a ponto de armazenar guloseimas em quarto de hotel – e o que bebia demais. Contudo, a música é a matéria-prima desse livro de valor documental sobre o Galo Preto.
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