Beni Borja, compositor e produtor da geração pop da década de 1980, morre aos 60 anos
24/12/2021 16h02Fonte G1
Imagem: ReproduçãoBeni Borja
Carlos Beni Carvalho de Oliveira Borja (21 de fevereiro de 1961 – 23 de dezembro de 2021) foi o típico artista que contribuiu para a implementação de uma cena musical – no caso de Beni, a aparição e explosão da geração pop do rock brasileiro ao longo dos anos 1980 – sem ter ficado no front, à vista do público.
Formado em advocacia, o carioca Beni Borja foi baterista da formação original do grupo Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, mas decidiu sair da banda no fim de 1983, antes do lançamento em 1984 do primeiro álbum do Kid, Seu espião.
Ainda assim, Beni teve tempo de deixar o nome nos créditos de um dos maiores sucessos dessa fase inicial da banda de Paula Toller. Beni é coautor de Fixação (1984), música que compôs em parceria com Paula e Leoni.
É por sucessos como Fixação e Vento ventania (1991) – parceria do compositor com os integrantes do grupo carioca Biquini Cavadão – que Beni Borja será lembrado.
O artista morreu ontem, aos 60 anos, na cidade fluminense de Teresópolis (RJ), vítima de presumido infarto. “Pelo que me foi contado, Beni passou mal, pegou o carro e deve ter tido um infarto. O carro saiu da pista”, relata Bruno Gouveia, vocalista da banda Biquini Cavadão, ao colunista do g1.
Como o grupo ressaltou em rede social, ao lamentar a morte do artista, Beni Borja foi espécie de pai artístico do Biquini Cavadão.
Além de ter incentivado o envio da música Tédio (Álvaro Birita, Bruno Gouveia, Carlos Coelho, Miguel Flores e André Sheik, 1985) para a rádio Fluminense FM, mola propulsora para bandas em busca de lugar ao sol no mercado do rock, Beni pavimentou o caminho para que o Biquini Cavadão fosse contratado pela gravadora Polygram.
Beni Borja produziu os seis primeiros álbuns da banda, incluindo o bem-sucedido Descivilização (1991), e foi empresário do grupo por nove anos, tendo composto várias músicas com os integrantes do Biquini Cavadão.
Além de ter produzido discos de artistas como o cantor Leoni, Beni abriu em 2004 o selo Psicotrônica, pelo qual lançou álbuns da cantora Cris Braun e da banda Picassos Falsos.
Dos bastidores, Beni Borja teve atuação decisiva para alguns nomes da geração pop da qual fez parte.
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