Carlinhos Brown faz emergir álbum gravado há 15 anos com a banda de rock Mar Revolto
04/11/2022 14h34Fonte G1
O álbum gravado por Carlinhos Brown em 2007 com os três músicos da banda de rock Mar Revolto – disco feito na época sem o compromisso de ser lançado – emerge hoje, 4 de novembro, pelo selo Candyall Music, 15 anos depois do registro fonográfico do cantor, compositor e percussionista baiano com o guitarrista Geo Benjamim, o baixista Otávio Américo e o baterista Raul Carlos Gomes.
É sintomático que o álbum Carlinhos Brown é Mar Revolto chegue ao mundo no mês em que Antônio Carlos Santos de Freitas faz 60 anos – a serem festejados no dia 23 – porque o disco revolve as origens do artista nascido em novembro de 1962 no bairro do Candeal Pequeno, em Salvador (BA).
Brown entrou profissionalmente em cena em 1977, aos 15 anos, tocando percussão em show de cantora chamada Leila. Mas foi em 1979 que subiu no trio elétrico como percussionista da banda de rock Mar Revolto, após tocar com bandas de bailes como Califórnia e Monjes, passaporte para o ingresso definitivo do artista no mundo do rock com a banda Torna Sol, com a qual trabalhou antes de se convidado para tocar com Mar Revolto.
É esse começo na profissão – dez anos antes de o artista ganhar projeção nacional como compositor e percussionista com a gravação de Meia lua inteira (Carlinhos Brown, 1989) por Caetano Veloso – que vem à tona com o lançamento do álbum, primeiro título de trilogia comemorativa dos 60 anos de Brown (um disco com temas instrumentais e outro com repertório carnavalesco serão lançados na sequência).
Com capa que expõe arte assinada por Gualter Pupo e Christiano Calvet, o álbum Carlinhos Brown é Mar Revolto alinha 11 composições, sendo dez de autoria de Brown com parceiros como Arnaldo Antunes, Michael Sullivan e os integrantes do trio.
Música de Gilberto Gil, É (1977) é a exceção do repertório autoral gravado em 2007 no estúdio Ilha dos Sapos, em Salvador (BA) e finalizado em 2018 com registros adicionais no estúdio paulistano Mosh, sob direção artística e musical do próprio Brown (a produção musical também é creditada a Beto Neves).
Primeira dama do rock brasileiro, Rita Lee legitima a incursão de Brown pelo gênero ao cantar Menininha tão novinha (Carlinhos Brown, Raul Carlos Gomes e Silvio Palmeira) com o roqueiro tribalista. Vocalista da banda finlandesa Nightwish, Tarja Turunen participa da gravação de Desertificação (Carlinhos Brown, Geo Benjamim, Otávio Américo e Raul Carlos Gomes) ao lado dos músicos Bruno Valverde e Rafael Bittencourt, baterista e guitarrista da banda Angra, respectivamente.
Filho de Brown, então com dez anos na época da gravação do álbum, Miguel Freitas – conhecido artisticamente como Migga – debutou nos estúdios, tocando escaleta e bateria na faixa Travelling (Carlinhos Brown e Michael Sullivan). Migga também figura como baterista nos créditos de A gente ainda não sonhou (Carlinhos Brown), Emotionave (Carlinhos Brown, Raquel Jobs e Arnaldo Antunes), Marina dos mares (Carlinhos Brown e Geo Benjamim) e da mencionada Desertificação.
As músicas Ilha de Itaparica (Carlinhos Brown, Raul Carlos Gomes e Silvio Pereira), Tô aqui na Marginal (Carlinhos Brown e Raul Carlos Gomes), Peça a Deus que lhe dou (Carlinhos Brown e Raul Carlos Gomes) e Surfando para a eternidade (Carlinhos Brown e Geo Benjamim) completam o repertório do álbum Carlinhos Brown é Mar Revolto, enfim emergido no mercado.