Casa da Cultura de Teresina completa 26 anos com programação virtual

12/08/2020 18h14


Fonte Cidade Verde

Imagem: ReproduçãoCasa da Cultura de Teresina completa 26 anos com programação virtual(Imagem:Reprodução)
 Desde 17 de março deste ano a Casa da Cultura de Teresina se encontra de portas fechadas devido à pandemia do novo coronavírus que assolou o mundo. O que não significa que a celebração de seu aniversário, neste 12 de agosto, passará em branco. Pelo contrário, o histórico endereço da Rua Rui Barbosa, reduto da arte piauiense há 26 anos, abrirá suas janelas virtuais para compartilhar com todos a data festiva e extravasar a memória afetiva daqueles cujas histórias se entrelaçam à própria história do lugar.

Através das redes sociais, o público poderá acompanhar uma programação especial pensada para o momento que a humanidade atravessa. Desde exposições de pinturas inéditas a depoimentos de funcionários e frequentadores saudosos, além da exibição de curtas realizados no curso de cinema, a Casa da Cultura será, ao alcance de um clique, a casa de cada um. Com o bordão “Entre, a Casa ainda é sua”, o objetivo é tanto comemorar os 26 anos completados, quanto diminuir, na segurança da conectividade, a ausência do contato presencial numa época de distanciamento social.

Na programação que será postada ao longo dia, uma série de vídeos feitos pela comunidade, instrutores de dança, teatro, música, resgatando a importância dessas quase três décadas de incentivo à cultura do estado piauiense. Bem como alguns curtas realizados pelos alunos do Curso de Cinema Pela Lente, apresentação do Balé da Cidade e grupos de capoeira. Fora a estreia da exposição “Corpos”, do artista plástico Gabriel Arcanjo.

A entusiasta diretora da Casa, Josy Brito, evoca a sinergia do grupo que forma a comunidade, interna e externa, da Casa da Cultura. “Essa verve de potência que aqui a gente tem em todos os segmentos. Nós temos um grupo que adora estar aqui, a comunidade que gosta de se fazer presente”. Durante os 168 anos da cidade, Josy reitera que fazer parte desse patrimônio é continuar possibilitando o “encontro entre público, artista e todas as vertentes juntas”, afirma.

O presidente da FMC, Luis Carlos Alves, destaca que o momento ainda é de cuidados e, por conta disso, vários espaços culturais estão se reinventando com fórmulas que reúnem arte, distanciamento e tecnologia. “Através das lives e dos encontros virtuais, a cultura continua se manifestando na nossa cidade porque os nossos artistas, apesar de estarem em casa, não param. Essa é a força da nossa gente”, destaca.

Até ser transformada na Casa da Cultura como hoje conhecemos, no dia 12 de agosto de 1994, o antigo Casarão da Praça Saraiva, além de residência de João do Rego Monteiro, o Barão de Gurgueia, no século XIX, já foi quartel, enfermaria, seminário da Diocese de Teresina, sede do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e colégio, sendo tombado pelo Departamento do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural do Piauí em 1986.


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