Em O peso do talento, Nicolas Cage interpreta versão ainda mais desenfreada de si mesmo

12/05/2022 10h57


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoTudo isso com o apoio de um Pedro Pascal (
 A estratégia de "O peso do talento" para conseguir público é clara e até um pouco óbvia. O filme, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (12), tem como principal atrativo a interpretação de Nicolas Cage com uma versão ainda mais desenfreada e caricata de si mesmo.

Mas, por mais que ajude, não é necessário ser fã do ator americano de 58 anos para desfrutar da produção. A mistura de comédia e ação sem grandes pretensões diverte ao fazer o arroz com feijão bem feito, sem tentar ser mais do que é.

"O peso do talento" é uma aventura louca com um Nicolas Cage beijando um jovem Nic Cage (para os íntimos) de computação gráfica chapado até as tampas de cocaína, recuperando suas pistolas douradas de "A outra face" (1997) e sem o menor medo de explorar sua fama de excêntrico e as escolhas mais questionáveis de sua carreira.

Tudo isso com o apoio de um Pedro Pascal ("The Mandalorian") totalmente entregue ao ridículo de toda a situação, com uma grande combinação entre canastrice e autoconsciência – testada em "Mulher-Maravilha 1984" (2020) e alçada aqui à perfeição.

Quem for ao cinema atraído pelo pomposo (e, claro, muito superior) título original, "O peso insuportável do talento gigante" (em tradução livre), no entanto, sairá invariavelmente decepcionado.

Este não é, nem tenta ser, um grande estudo de personalidade e/ou personagem como outras obras em que protagonistas se interpretam, como os excelentes "Quero ser John Malkovich" (1999) e "JCVD" (2008).


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Tópicos: peso, talento, cage