Emo hoje não é mais cantado só por carinha hétero do condomÃnio, diz Lucas do Fresno
18/03/2022 10h55Fonte G1
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O Fresno no Lolla faz parte de um movimento muito maior que é o do retorno do emo. Em um mundo com Olivia Rodrigo berrando "Good 4 U" no topo das paradas, faz (ainda mais) sentido ouvir Lucas no Lolla cantando que "Cada poça dessa rua tem um pouco de minhas lágrimas".Se Avril lançou álbum de volta às origens e até Anitta está na onda do pop punk, é natural que festivais como o Lollapalooza se rendam mais ao emo, apelido carinhoso do hardcore emotivo.
"O revival é natural. O bagulho que faz 10, 15 anos, a galera que via na adolescência bate uma saudade e vai ouvir de novo", explica Lucas Silveira, vocalista da Fresno, ao g1
"Mas o revival para mim ele faz sentido quando ele vem aliado a nomes novos e também a uma estética nova."
Para ele, o trabalho de artistas sempre citados como os que mantém o emo vivo são "a ponta do iceberg". Ele reconhece a importância de Machine Gun Kelly e do produtor Travis Barker, ex-baterista do Blink 182, mas torce para que o novo emo vá além desses nomes mais comentados.
"Eu percebo que o que vem hoje é um pouco diferente, não é mas aquela coisa da bandinha dos caras com boné virado para o lado, de apartamento e de condomínio. Tem muita mina, tem muitos outros tipos de pessoa. Não é aquela coisa muito do carinha hétero do condomínio que já teve, né? Agora é uma outra coisa que tem que acontecer."