Fãs portugueses de Ney Matogrosso têm músicas na memória afetiva desde criança
01/07/2022 11h02Fonte G1
Imagem: Reprodução
O clima antes do show de Ney Matogrosso no Rock in Rio Lisboa era de grande expectativa. Era um dos momentos mais aguardados do festival que voltou a acontecer quatro anos depois da última edição.No palco Galp Music Valley, o equivalente ao Sunset no Brasil, muitos portugueses e brasileiros esperavam pelo cantor de 80 anos na tarde de sábado (25).
A professora Ana Isabel, de 32 anos, estava com a mãe Ana Maria, 67 anos, pertinho do palco.
"Gosto de todas as músicas, esperamos por dois anos para assistir esse show", diz Ana Isabel.
"Eu ouvia pelo rádio, só mais tarde consegui comprar os CDs, não chegavam muito aqui. O Ney é fantástico, nunca desilude", completa a mãe que o escuta desde o tempo de Secos e Molhados.
"Ele vem mais sóbrio, mas não perdeu a originalidade e não deixa de ser afirmativo e disruptivo".
A paixão por Ney Matogrosso também foi uma herança materna para o analista Bernardo Barata, de 30 anos. Ele estava no show com a namorada brasileira Letícia Leal.
"Minha mãe sempre teve hábito de ouvir música brasileira, então escuto desde criança. Gosto da mensagem, do significado da música em si e o que ele representa", explica Barata.
Hoje em dia, ele escuta muito mais música brasileira do que da terra natal.
A secretaria forense Daniela Lopes estava triste por não ter a mãe por perto no show do Ney, mas garantiu muitos vídeos para que ela pudesse ver depois.
"Escuto desde a barriga da minha mãe. Ela tinha os discos de vinil que meu avô, que era da Marinha, trazia do Brasil".
Daniela lembra dos discos de Roberto Carlos e das trilhas de novela, como "Pedra sobre Pedra" e "Fera Ferida".
"Para mim, acaba por ser muito interessante ver ao vivo um cantor que desde que eu era bebê. Agora vou poder conectar em outro nível", afirma.
É o segundo show que a também secretária forense Carla Machado vai de Ney Matogrosso.
"O Ney transmite aquilo que sente e veio mostrar ao mundo que temos que aceitar tudo e respeitar todos", afirma.
"Ele foi um dos primeiros a mostrar ao mundo que não havia nada de mal nele. As pessoas já normal por ser tão diferente. Ele mostra pra sociedade que podemos ser diferentes, mas no fim somos todos um só".
Veja mais notícias sobre Cultura, clique em florianonews.com/cultura
