Jingles genéricos usam melodias de hits e nomes fictícios para atrair candidatos nas eleições

07/08/2022 21h55


Fonte G1

 Imagem: Reprodução
?Desenrola, bate? vem com o Chiquinho?. ?Ai, ai, ai ai? o Osvaldinho, ele é demais?; ?Acorda, eleitor, que o candidato certo é trabalhador, Ramon é quem eu quero?. Os nomes são fic(Imagem:Reprodução)
“Desenrola, bate… vem com o Chiquinho”. “Ai, ai, ai ai… o Osvaldinho, ele é demais”; “Acorda, eleitor, que o candidato certo é trabalhador, Ramon é quem eu quero”. Os nomes são fictícios e as melodias são de hits pop transformados em jingles eleitorais, sem autorização dos autores.

Mesmo antes do início oficial da campanha eleitoral de 2022, jingles genéricos são vendidos a candidatos com a melodia de sucessos das paradas atuais. “Acorda Pedrinho”, “Tem cabaré essa noite” e “Pipoco” são as mais usadas (ouça abaixo).


Os jingles com melodias conhecidas são apresentados como “paródias”, usando um portão judicial aberto em uma briga entre Tirirca e Roberto Carlos.

A disputa começou em 2014, quando o clássico refrão "Eu voltei, agora pra ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar" virou "Eu votei, de novo vou votar, Tiririca, Brasília é seu lugar". Roberto Carlos processou Tiririca pelo uso eleitoral da música “O portão” sem autorização.

O STJ deu razão a Tiririca, em decisão que considera o uso alterado da música no programa político uma “paródia”, que pela lei brasileira é isenta de autorização e de pagamento de direitos autorais.

A definição é contestada por associações de compositores (veja mais abaixo) e precisa ser confirmada pelo plenário do STJ, em uma declaração de embargo dos advogados de Roberto Carlos. Mesmo assim, o resultado até agora dá força a uma festa de jingles reciclados.



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