Jorge Aragão retrata bambas do samba como cowboys na luta de faroeste do single "Grande duelo final"

14/12/2022 14h27


Fonte G1

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Imagine Almir Guineto (1946 – 2017), Beto Sem Braço (1940 – 1993), Cláudio Camunguelo (1947 – 2007), Deni de Lima (1961 – 2010), Geraldo Babão (1926 – 1988), Moacyr Luz e Zeca Pagodinho retratados como cowboys como se as rodas de samba do bloco carioca Cacique de Ramos fossem um campo de faroeste em que vence o partideiro mais afiado nas rimas.

É nesse ambiente de guerrilha fraterna que Jorge Aragão, bamba dessas rodas desde os anos 1970, ambienta o samba Grande duelo final – A saga.

A faixa chega ao mundo digital na sexta-feira, 16 de dezembro, em single que oferece amostra do ainda inédito EP O samba ainda é raiz, previsto por Aragão para ser lançado em 2023.

“Um dia desses, em casa, comecei a lembrar de toda a minha trajetória de vida e do meu início no Cacique de Ramos. Eu via as pessoas cantarem e versarem um com os outros, mandando aquelas brincadeiras… e todo mundo ria, dançava e cantava junto. [...] Peguei esses personagens com os quais eu convivi, e com alguns convivo ainda, graças a Deus, e comecei a criar esse grande duelo. Mas, no lugar de armas, canetas para que pudessem escrever e trocar versos para lá e para cá, como se fossem balas passando de raspão e podendo até deixar alguns feridos, o que nesse caso seria aquela coisa de ficar chateado ou se sentir diminuído quando todos ficavam rindo dele. Isso, naquela época, era a morte”, lembra Aragão ao contar a inspiração que deu o mote para a criação do samba inédito.

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