Jorge Portugal, mestre das letras, deixa obra relevante para a ´massa dos homens normais´
04/08/2020 18h30Fonte G1
Imagem: Reprodução
Nada mais justo do que o compositor, poeta e professor baiano Jorge Portugal (5 de agosto de 1956 – 3 de agosto de 2020) ter carregado no nome o país da língua de Luís de Camões (1524 – 1980), também poeta, mas de além-mar.Para citar verso de música do conterrâneo Caetano Veloso, o santo-amarense Jorge Portugal não somente roçou a língua de Camões com maestria, como a dominou com a força mansa dos poetas. Embora o cancioneiro do artista esteja essencialmente associado à Bahia, a obra de Jorge Portugal como compositor tem – ou pelo menos deveria ter... – dimensão nacional.
Não somente porque muitas das letras escritas pelo mestre para melodias de Roberto Mendes – compositor também nascido na interiorana cidade de Santo Amaro da Purificação (BA) – foram gravadas por Maria Bethânia, voz nobre vinda e projetada da mesma terra baiana para todo o Brasil. Mas porque, e sobretudo, a obra musical de Jorge Portugal é relevante, fundamental, e jamais deve ser minimizada pelo etnocentrismo carioca e paulista.
A morte de Jorge Portugal – ocorrida em hospital de Salvador (BA), em decorrência de problemas cardíacos, na noite de segunda-feira, 3 de agosto, dois dias antes do artista completar 64 anos – enluta a Bahia, mas deveria ser motivo de profunda tristeza em todos os recantos do Brasil.
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