Kali Uchis estreia no Brasil com álbum de "volta às raízes", após insistência da família

18/03/2023 08h55


Fonte G1

Imagem: DivulgaçãoKali Uchis estreia no Brasil com álbum de Kali Uchis estreia no Brasil com álbum de "volta às raízes", após insistência da família

Quando ainda nem sonhava em se tornar uma das mais comentadas revelações do pop, Kali Uchis já ouvia que precisava vir ao Brasil.

“Minha família sempre me disse que o Brasil é muito parecido com a Colômbia, que eu tenho que ir. Ouço isso desde antes de me tornar artista”, conta ao g1.

Demorou. A cantora chegou a ser anunciada no Lollapalooza 2020, mas ele foi adiado por causa da pandemia. Em 2022, quando o festival voltou a acontecer, ela ficou fora da programação. Mas, na edição de 2023, finalmente Kali conhecerá a famosa plateia brasileira: seu show está marcado para sexta-feira (24), primeiro dia do evento.

Ela já sabe muito do Brasil, apesar de nunca ter estado aqui fisicamente. Ainda na adolescência, conheceu a Bossa Nova e… a banda Bonde do Rolê (o nome do meio de Kali é Marina e, por isso, ela adorava cantarolar a música “Marina Gasolina”, lançada pelo trio brasileiro em 2006).

“A música é uma coisa espiritual, capaz de mudar a forma como você se sente. Eu posso estar a fim de uma música para limpar a casa, para fazer meu autocuidado, para dançar… sinto que definitivamente há muita música brasileira para tudo isso.”

E há Anitta, que hoje “representa o Brasil para o mundo”, na opinião de Kali. As duas costumam trocar mensagens. Recentemente, a brasileira enviou uma música para a colega. Ela não menciona planos de parceria, mas se declara: "Eu a amo e sempre apoio outras latinas que estão trabalhando duro para fazer as coisas porque, definitivamente, não é fácil."

Festa para dois

Filha de pais colombianos, nascida nos Estados Unidos, a cantora do hit “Telepatía” cresceu entre as américas do Sul e do Norte, sempre indo de uma balada para outra.

Seu pai era dono de casas noturnas da Colômbia, onde ela passou parte da infância e da adolescência. Nessa época, também ia com frequência a Miami (EUA) para visitar o irmão, que trabalhava em um albergue. Ele estava sempre levando turistas a festas, e Kali ia junto.

“Acho que deixei de ir a festas mais cedo do que outras meninas da minha idade. Circulava nesses ambientes desde muito nova”, lembra.

"Sinto que cansei muito rápido. Quando eu já era legalmente autorizada a beber, eu já não bebia mais. Hoje não sou mais festeira.”
Dos tempos de baladeira, ao som da house music latina, lhe sobraram boas recordações e inspiração para muitas músicas -- incluindo a animada “No hay ley”, que saiu em setembro de 2022.

Mas, no recém-lançado álbum “Red Moon in Venus”, Kali mostra que gosta mesmo é de uma festa a dois. Bem mais intimista que o anterior, "Sin miedo", o trabalho reúne melodias quentes para ouvir no quarto à meia luz, vocais etéreos e um retorno de Kali às referências de “Isolation” (2018), seu disco de estreia.

“É uma espécie de volta às minhas raízes. [Red Moon] inclui um monte de gêneros diferentes e tem muito de música soul e jazz, é mais acústico”, explica.

O disco, predominantemente em inglês, mostra a primeira parte de uma leva de novas músicas, produtos de um pico de produtividade que a cantora teve durante a quarentena contra Covid-19.

“No isolamento tentei ser o mais criativa possível. Eu escrevia o dia todo. Escrevia histórias, canções… Acho que foi assim que eu consegui me manter firme mentalmente”, lembra.

Além de “Red Moon”, ela tem pronto um outro álbum, em espanhol e mais dançante -- “No hay ley” estará entre as faixas. A data de lançamento ainda não foi divulgada.

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