Macau cai no samba de Zé Kétti em EP que festeja os 40 anos de Olhos coloridos, hino do orgulho ne

05/07/2022 11h16


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoTambém parcerias de Macau com Sandra Sá, Papo de doidão e Xeque-mate integram o repertório do EP Carioca. Tentando evocar o balanço de Tim Maia (1942 ? 1998), o funk Papo de doidão(Imagem:Reprodução)
 Macau expõe no título do EP que lança na sexta-feira, 8 de julho, Carioca, a origem desse cantor, compositor e músico criado na Cruzada São Sebastião, comunidade da zona sul da cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Para quem não liga o nome ao som, Macau – Oswaldo Rui da Costa, na certidão de nascimento – é o compositor de Olhos coloridos, brado de orgulho negro que reverbera há 40 anos desde que Sandra Sá lançou o funk em 1982 no segundo álbum da cantora, batizado com o nome dessa artista também carioca que, desde o segundo semestre de 2021, voltou a assinar Sandra Sá, tirando o “de” incorporado ao nome artístico em 1988.

Olhos coloridos destila orgulho negro, nascido da revolta e do preconceito racial. Macau compôs Olhos coloridos ao violão em 1973, na praia, ao ser solto após ter sido injustamente preso e agredido por policiais na Lagoa, sem motivo algum, quando ia visitar exposição escolar nesse bairro carioca. Gravado pelo autor em fita, em 1974, o funk somente ganhou o Brasil quando foi gravado por Sandra Sá e se tornou um hino do orgulho negro.

Macau expõe no título do EP que lança na sexta-feira, 8 de julho, Carioca, a origem desse cantor, compositor e músico criado na Cruzada São Sebastião, comunidade da zona sul da cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Para quem não liga o nome ao som, Macau – Oswaldo Rui da Costa, na certidão de nascimento – é o compositor de Olhos coloridos, brado de orgulho negro que reverbera há 40 anos desde que Sandra Sá lançou o funk em 1982 no segundo álbum da cantora, batizado com o nome dessa artista também carioca que, desde o segundo semestre de 2021, voltou a assinar Sandra Sá, tirando o “de” incorporado ao nome artístico em 1988.


Olhos coloridos destila orgulho negro, nascido da revolta e do preconceito racial. Macau compôs Olhos coloridos ao violão em 1973, na praia, ao ser solto após ter sido injustamente preso e agredido por policiais na Lagoa, sem motivo algum, quando ia visitar exposição escolar nesse bairro carioca. Gravado pelo autor em fita, em 1974, o funk somente ganhou o Brasil quando foi gravado por Sandra Sá e se tornou um hino do orgulho negro.

Também parcerias de Macau com Sandra Sá, Papo de doidão e Xeque-mate integram o repertório do EP Carioca. Tentando evocar o balanço de Tim Maia (1942 – 1998), o funk Papo de doidão tem a voz de Serjão Loroza. Já Marquinho OSócio e Banda Eletronaipe encorpam Xeque-mate.

Armadilhas da vida fecha o disco, apresentando parceria inédita de Macau com Cézar Reis, compositor falecido recentemente. “Ele infelizmente nos deixou antes de ver a música ecoar aí”, lamenta Macau que, no único momento em que sai do trilho autoral do EP Carioca, cai no samba do compositor conterrâneo José Santos Flores (1921 – 1999), o carioca Zé Kétti, de quem Macau dá voz e violão ao sucesso Diz que fui por aí (1964) – parceria de Zé Kétti com Hortênsio Flores – com arranjo do violonista Paulão Sete Cordas.

A edição do EP Carioca, de Macau, está sendo viabilizada através de parceria entre as empresas The Sá Musica e Moara Produções Artísticas.

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