Maria Bethânia protesta contra morte do menino Miguel em álbum gravado com músicos João Camarero e Z

03/01/2021 20h30


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoEm 2021, os seguidores de Maria Bethânia ouvirão o primeiro álbum com músicas inéditas gravado pela artista em estúdio desde Meus quintais (2014).  Trata-se do primeiro disco da ca(Imagem:Reprodução)
Em 2021, os seguidores de Maria Bethânia ouvirão o primeiro álbum com músicas inéditas gravado pela artista em estúdio desde Meus quintais (2014).

Trata-se do primeiro disco da cantora desde o controverso Mangueira – A menina dos meus olhos (2019), tributo à escola de samba Estação Primeira de Mangueira que dividiu opiniões entre o séquito da intérprete.

Foi em setembro que Bethânia entrou no estúdio da gravadora Biscoito Fino, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), para começar a gravar álbum cujo repertório extrapola as músicas apresentadas pela artista no roteiro do show Claros breus (2019).

Não há, por ora, informações oficiais sobre o disco. Mas sabe-se que o álbum marca a estreia na discografia de Bethânia de dois músicos excepcionais, o violonista João Camarero e o pianista Zé Manoel, este requisitado pela cantora a partir da audição do disco Só (2020), lançado por Adriana Calcanhotto no ano passado.

E por falar em Calcanhotto, duas músicas da compositora figuram no repertório gravado por Bethânia. Inédita em disco, A flor encarnada já fazia parte do roteiro do show Claros breus.

Já 2 de junho é canção dissonante composta por Calcanhotto em protesto contra a morte recente e revoltante de Miguel Otávio Santana da Silva (17 de novembro de 2014 – 2 de junho de 2020), menino pernambucano que perdeu a vida, aos cinco anos, por negligência de Sari Mariana Costa Gaspar Côrte Real, patroa da mãe de Miguel, a empregada Mirtes Renata Santana de Souza.

Calcanhotto apresentou 2 de junho na transmissão online do show Só (2020) em 5 de setembro, lançou single com a música duas semanas depois, em 18 de setembro, e revelou em entrevista ao programa Conversa com Bial (TV Globo), exibida em dezembro, que a música fazia parte do próximo álbum de Bethânia.

De Chico César, compositor que entrou na discografia de Bethânia no mesmo álbum Âmbar (1996) em que a cantora deu voz pela primeira vez a uma música de Calcanhotto, a intérprete grava Luminosidade (música do show Claros breus inédita em disco) e sorve Da taça (2015) juntamente com o hit sertanejo Evidências (José Augusto e Paulo Sérgio Valle, 1989) – tal como fazia no show de 2019.

Outra música do show selecionada para o disco é Bar da noite (Bidu Reis e Haroldo Barbosa, 1953), registrada em clima de intimidade.

Além dos já mencionados João Camarero e Zé Manoel, o baixista Jorge Helder integra o time de músicos arregimentados para a gravação do álbum.

Diretor musical do show Claros breus, o maestro Letieres Leite também foi chamado por Bethânia para dar forma ao disco em que a cantora grava pela primeira vez uma música do compositor paulistano Tim Bernardes, por quem a artista já tinha revelado publicamente ter especial admiração.


Para ler mais notícias do FlorianoNews, clique em florianonews.com/noticias. Siga também o FlorianoNews no Twitter e no Facebook