Minari, falado em coreano, vira sensação em Hollywood um ano após sucesso de Parasita

17/02/2021 17h49


Fonte G1

 
Imagem: ReproduçãoClique para ampliarHistória profundamente pessoal, o filme se baseia em parte na vida do próprio Chung enquanto crescia no Arkansas, mas não há sátira e mal se menciona o racismo.  Ao invés disso, o(Imagem:Reprodução)
Um ano após a sátira sul-coreana "Parasita" (2019) tomar Hollywood de assalto, outro filme falado em coreano, "Minari", está causando sensação durante a temporada de premiações.

Mas os dois títulos não poderiam ser mais diferentes.

"Parasita", que fez história em 2020 ao se tornar o primeiro filme em língua estrangeira a vencer o Oscar de melhor filme, é uma sátira sombria sobre as classes e a sociedade contemporânea da Coreia do Sul.

"Minari", que está nos cinemas dos Estados Unidos e chega à Coreia do Sul em março, é uma história norte-americana terna e arquetípica sobre uma família de imigrantes que tenta se aprimorar criando uma fazenda no Arkansas nos anos 1980.

Ao contrário de "Parasita", ele foi concebido, produzido e filmado nos EUA.

"Eles falam coreano, trata-se de uma família e há alguma cultura coreana envolvida, mas acho que este filme fala muito do que a América é. Ele contém muitas pessoas fazendo muitas coisas diferentes, muitas ocupações diferentes, e neste sentido é muito diferente de Parasita, disse seu diretor, Lee Isaac Chung.

História profundamente pessoal, o filme se baseia em parte na vida do próprio Chung enquanto crescia no Arkansas, mas não há sátira e mal se menciona o racismo.

Ao invés disso, o filme, que já recebeu diversas indicações a prêmios, inclusive no Globo de Ouro, foi acolhido amplamente por sua humanidade universal. As indicações ao Oscar ainda não foram anunciadas.

O ator coreano-norte-americano Steven Yeun ("The walking dead"), que interpreta o pai, disse que ficou aterrorizado ao aceitar o papel.

"Foi assustador abordar a geração de meu pai em um nível que não é só uma caricatura, mas tentando entender sua humanidade. Isso abriu meus olhos para as maneiras pelas quais eu podia entender mal meu próprio pai e também aquela geração", contou Yeun.


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